Borré brincou de perder gols, a única boa notícia é um garoto e o cara que muda não mudando!

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JB Filho Repórter

·03 de abril de 2024

Borré brincou de perder gols, a única boa notícia é um garoto e o cara que muda não mudando!

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Em geral, quando tem uma eliminação destas, há três cenários que podem acontecer: tu pode jogar muito no próximo jogo como resposta (aconteceu ano passado pós Fluminense quando ganharam o Gre-Nal), pode entrar numa fase terrivel e virar uma enorme turbulência ou poderá apenas oscilar, demorar um pouco para se encontrar, que é o cenário mediano entre os dois extremos. E, penso eu, esse terceiro é o momento colorado. O Inter não foi brilhante e nem tenebroso. Foi mediano.
Coudet colocou Fernando de zagueiro, Thaigo Maia de primeiro volante e Borré no comando de ataque. Foram as três principais mudanças. Quando eu falo mudança, é de jogador porque o jeito de jogar não muda muito não. É sempre aquela forma de atuar do Coudet. É um mudar não mudando porque mexe apenas na característica dos jogadores e não na forma de atuar.
E o Fernando até que se virou na zaga e o Thiago Maia todo mundo sabe que é bom volante.
Já o Borré brincou de perder gols. Foram três chances claras perdidas. Primeiro até estavam no susto e com pouco ângulo, mas depois recebeu sozinho e demorou pra conduzir a bola e finalizar e, por fim, ainda errou o cabeceio que recebeu na pequena área. Ninguém precisa detonar com a trajetória do cara, mas precisamos dizer que ele não foi bem. Ele tem até a chance de dizer que nunca foi bem um camisa 9, centroavante, que o ideal seria jogar com dois caras no ataque, mas os gols daria pra fazer, né? Foi mal.
Alan Patrick está sumidaço. Terceiro jogo seguido que não conseguiu fazer nada de relevante. É meio óbvio, e esperado, que ele irá oscilar, terá jogos que não vai conseguir ser o maestro do time. Tudo certo. O problema é que mais uma vez foi completamente apagado. Parece que se esconde atrás da marcação. Entre outras coisas, o Alan pode justificar que está mais adiantado. E isso é real, mas ainda dá pra jogar melhor. Nem qu ele mesmo retorne pra buscar um pouco a bola. Faz o diferente. Se tem alguém com moral pra isso é ele.
Maurício foi outro que beirou o irreconhecível. Aquele meia que estava em todos os cantos do gramado, que aparecia pela direita, esquerda, que dava passes e tinha inteligência pra se posicionar, tabelar e até ir fazer gols, desapareceu. Insisto, ninguém vai dizer que o Maurício é ruim. Jamais. Agora, é o terceiro jogo consecutivo que não dá resposta.
Coudet pensa que o Bruno Gomes pode ser um novo Aránguiz. Olha, a julgar pelo jogo de hoje não é. E não é nem perto disso.

Ricardo Duarte/Inter

O Belgrano tinha um jogador somente: o centroavante deles. E o Vitão teve enorme dificuldades com o cara. E uma das sortes é que o time deles é bem mais ou menos. Não conseguia muito mais.
E a real é que os caras melhoraram muito após as duas mudanças no intervalo. Coudet não soube ver isso, perdeu completamente o meio e com segundos do segundo tempo poderia estar 1 x 0 pra eles. Tá aqui mais uma preocupação pra refletir. Afinal, as coisas só foram se reequilibrar quando Bruno Henrique, Gustavo Prado e Wesley entraram.
Talvez, a melhor lembrança deste jogo será o Gustavo Prado. Ele mostrou muita personalidade. Entrou como meia pela direita e deu um passe incrível pro Bustos. Daquele que todo treinador adora, que “quebra linhas”, pega todo mundo de surpresa. Existe a chance de estarmos diante de mais um bom meia surgindo na base. Olha, se tudo der certo, tem chance até de preprarem ele pra ser um substituto do Maurício, hein?
O Wesley também melhorou por ali. Confesso que ainda tento achar ele uma boa contratação. De começo, acho apenas um atacante ok. Mas nesta vez, deu um dos gols do Borré que ele perdeu. Tem pelo menos isso pra elogiar.
No fim, o 0 x 0 foi um resultado ruim. Se o Inter estivesse em meio as finais, todo mundo aliviaria. Como estava fora, tinha que dar uma resposta. E ela não veio.