Calciopédia
·24 de outubro de 2024
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Se não for com emoção, não é a Fiorentina. Seguindo o seu hábito na Conference League, a equipe violeta teve dificuldades inesperadas contra o St. Gallen, da Suíça, mas conseguiu sair vitoriosa de sua visita ao Kybunpark. Pela 2ª rodada, os italianos aplicaram 4 a 2 sobre o adversário e chegaram a dois triunfos na competição.
Como sempre ocorre na Liga Conferência, a Fiorentina foi a campo com um time misto. O rodízio de Raffaele Palladino fez com que Cataldi e Colpani, que se destacaram na goleada por 6 a 0 sobre o Lecce, na 8ª rodada da Serie A, sentassem no banco de reservas, por exemplo.
Do outro lado, o St. Gallen, quinto colocado na Super League Suíça em 2023-24 e sexto do campeonato de seu país no momento, estreava em casa pela competição. O time helvético, que na rodada anterior foi goleado por 6 a 2 pelo Cercle Brugge, na Bélgica, voltou a disputar as etapas principais de um torneio continental após 11 anos, quando jogou a fase de grupos da Liga Europa de 2013-14, e levou um bom público a seu estádio. A empolgação fez até a partida ser interrompida por volta dos 10 minutos, devido a sinalizadores atirados ao gramado pelos ultras alviverdes.
Depois da interrupção, que durou cerca de cinco minutos, a Fiorentina voltou melhor para o jogo. Aos 20, Biraghi efetuou cruzamento após erro na saída suíça e Kouamé pegou estranho na bola, mandando por cima da baliza defendida por Ati-Zigi. O marfinense chegou a estufar as redes aos 22, depois da pressão alta de Bove, mas estava impedido.
Sottil não marcou, mas foi um dos melhores em campo (Getty)
O St. Gallen não sentiu as falhas defensivas e respondeu de imediato, depois que Martínez Quarta vacilou duas vezes, ao cortar um lançamento e ao passar na fogueira para Richardson. Quintillà deu o bote na intermediária e acionou Mambimbi, que finalizou e ainda contou com desvio no beque argentino para abrir o placar.
O jogo teve ritmo mais lento após o gol do time treinado por Enrico Maassen e só aos 40 minutos é que ocorreu algo digno de nota. Perto do intervalo, Sottil carregou da esquerda para a direita e experimentou um bom chute no canto, obrigando Ati-Zigi a ceder escanteio. Na sequência da cobrança, o goleirão quase engoliu um peru após cabeçada fraca de Martínez Quarta.
A Fiorentina voltou pressionando no segundo tempo e Ati-Zigi logo teve de fazer defesa acrobática no contrapé, após chute desviado de Sottil. Mais inspirado entre os seus, o camisa 7 voltou a testar o inseguro arqueiro ganês aos 49, levando-o a efetuar uma intervenção de manchete.
A pressão da Fiorentina deu resultado aos 50 minutos. O capitão Biraghi cobrou escanteio no centro da pequena área e Martínez Quarta pode se redimir: Il Chino subiu sozinho e cabeceou para as redes, empatando a peleja no Kybunpark. A virada italiana foi quase instantânea, num contra-ataque clareado por Bove, na casa dos 54. O volante emprestado pela Roma achou um belo lançamento para Ikoné, que aproveitou o erro de Stanic na linha de impedimento e, em posição legal, pode bater com consciência, na saída de Ati-Zigi.
Só que, como falamos na abertura deste texto, a Fiorentina gosta de fortes emoções, sobretudo nas competições europeias. Sendo assim, não manteve a vantagem por muito tempo. Aos 62 minutos, após cobrança de falta, o lateral-direito Vandermesch efetuou um cruzamento bastante largo, na quina oposta da grande área, onde o capitão Görtler apareceu para cabecear com firmeza. A bola saiu com potência, alta e angulada, encobrindo Terracciano e tocando na trave antes de cruzar a linha. O St. Gallen voltava para a partida.
Com quatro gols no segundo tempo, a Fiorentina superou o St. Gallen, apesar de inconsistências defensivas (Eurasia Sport Images/Getty)
Ou pelo menos era isso que os suíços achavam. Porque o inspirado Sottil colocou as coisas em ordem novamente aos 69 minutos. O ponta puxou contra-ataque em velocidade, ajeitou para Kouamé e o marfinense rolou para Ikoné, posicionado em uma zona mais perigosa da grande área, completar para as redes e alcançar a sua doppietta. O camisa 7 da Fiorentina continuava a atazanar a defesa suíça e, na casa dos 77, rolou para Beltrán, que entrara no lugar de Bove. O argentino chapou, mas acabou parando numa defesa de Ati-Zigi.
A Fiorentina reduziu o ritmo nos minutos seguintes, no intuito de diminuir os riscos de contragolpe. Ao mesmo tempo, Palladino renovou o fôlego do flanco esquerdo, onde Sottil vinha pintando e bordando, para buscar novas escapadas por ali – o técnico sacou o camisa 7 e também Biraghi, pondo Parisi e Gosens em campo.
As mexidas do treinador foram acertadas e, nos acréscimos, a Fiorentina matou o jogo. Aos 93 minutos, Ikoné observou a passagem de Kouamé nas costas da zaga e o marfinense bateu cruzado, acertando a trave. No rebote, Gosens empurrou para as redes. Logo em seguida, Parisi roubou a bola, avançou e finalizou em diagonal, encontrando resposta de Ati-Zigi. Na sobra, Ikoné pegou mal na pelota e desperdiçou a chance de anotar sua tripletta. Não fez mal, contudo.
Com duas vitórias em dois jogos, além de um saldo positivo de quatro gols, a Fiorentina começou bem na Conference League e está no grupo dos oito times que se classificariam diretamente para as oitavas de final do torneio – enquanto o St. Gallen é o penúltimo dentre 36 clubes. O próximo compromisso da Viola será no Chipre, contra o APOEL, que surpreendeu negativamente ao somar apenas um pontinho até agora.