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·22 de janeiro de 2022

Blindado das críticas, Dzeko marca no fim e garante vitória da Internazionale contra o Venezia

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Era para ser, foi justo, e não tinha outra maneira de ser. A Internazionale bateu o Venezia no San Siro e manteve a vantagem na liderança da Serie A. O placar não empolgou, mas o volume de jogo da equipe de Simone Inzaghi foi coerente com a vitória por 2 a 1, consolidada nos minutos finais graças a Edin Dzeko.

O roteiro de Inter x Venezia neste sábado (22) parecia fadado a mais uma vitória simples da Inter, podendo ter momentos de dificuldade. Afinal, se tem uma equipe que adora complicar a vida dos grandes, essa equipe é o Venezia, que entregou mais 90 minutos de bom posicionamento defensivo e marcação. Nessa rodada, contando com as atuações individuais abaixo da crítica dos interistas, sonhar com um pontinho não era algo tão distante para os arancioneroverdi. Entretanto, a realidade é dura às vezes.


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Um Henry mudado

A realidade é dura porque ela te ilude com alguns momentos bons antes de te tirar tudo de maneira repentina. O Venezia não se incomodou com a posição de visitante e partiu para cima da Inter no início, assustando os mais desatentos do lado de Simone Inzaghi. Nessa tentativa ousada de fazer-se notar, o time do Vêneto conseguiu algo melhor que a encomenda: aos 19′, Ethan Ampadu achou Thomas Henry na área. Em boa condição, o francês testou bem para superar Samir Handanovic e abrir o placar.

O choque foi grande: a Inter tentava impor seu domínio para massacrar o adversário, mas de repente se via em desvantagem no placar. Para piorar a situação, coletivamente o time não parecia tão inspirado. E isso ajudou a explicar o controle da bola e a presença constante no campo rival, mas sem chances muito claras de gol. Lautaro Martinez e Edin Dzeko simplesmente não funcionaram como dupla, tanto que o argentino acabou sacado na parte mais aguda do jogo.

Recuado, o Venezia se contentou em tirar a bola dos pés da Inter antes que fosse forçado a defender dentro de sua área. E quando perdeu a vergonha de ficar retraído, se organizou muito bem para administrar a vantagem, embora estivesse óbvio que a Inter empataria, no mínimo. Mas foi uma atuação digna dos comandados de Paolo Zanetti, disso não há dúvida.

Martela, martela, martela

Irritada, a Inter arregaçou as mangas e se lembrou que é a atual campeã e favorita ao bicampeonato. Colocou o Venezia contra a parede e subiu um pouco mais suas linhas. Como resultado, conseguiu ter a bola mais perto da área e levar mais perigo. Em uma dessas descidas mais agudas, o goleiro Luca Lezzerini foi forçado a fazer uma defesaça, mas não impediu o gol de Nicolò Barella no rebote. Estava claro que o drama se aproximava do fim. No intervalo, um ou dois ajustes bastariam para que Inzaghi encontrasse a mina de ouro.

O que Inzaghi não esperava era uma atuação tão criticável de Dzeko. No entanto, qualquer um mais descolado na bola sabe que é melhor aguardar o apito final para cornetar um atacante. Foram 45 minutos nos quais só deu Inter. O Venezia mal via a cor da bola e se limitava a afastar os lances mais complicados ou parar com falta as infiltrações próximas à área.

Inzaghi mexeu. Tirou Lautaro para a entrada de Alexis Sánchez, Matteo Darmian para a entrada de Denzel Dumfries e colocou Arturo Vidal na vaga de Barella. A Inter se transformou e aumentou ainda mais a possibilidade da virada. Apreensiva, a torcida não sabia quanto mais precisava esperar. Só um time jogava, então era natural esperar um ou mais gols.

Arrastado, o jogo chegou aos 90′. Dumfries, que chegou nessa temporada e parece estar em Milão há anos, cruzou na área. Dzeko leu bem a jogada, subiu mais que Mattia Caldara, que se manteve estático no chão, e testou para as redes de Lezzerini. Foi a senha para a euforia no San Siro, a bola mais cantada dos últimos meses: gol do criticado e pouco inspirado Dzeko, que cansou de fazer gols em partidas abaixo da média. Um goleador em má fase continua sendo um goleador, é preciso que não se esqueça disso.

Com a vitória magra, mas merecidíssima, a Inter mantém cinco pontos de vantagem para o Milan e secará o rival no clássico contra a Juventus, na tarde de domingo. Um empate já estará de bom tamanho para as pretensões de Inzaghi na rodada. Ainda tem chão, é verdade, mas a Inter possui a vantagem mental no confronto geral e vai tornando cada vez mais sólido seu favoritismo para reter o título da Serie A.

Ao Venezia, um alerta: os bons jogos precisam acontecer também contra as equipes na parte inferior da tabela. Próxima à zona de descenso, a equipe do Vêneto está aproveitando cada minuto da sua permanência na elite, mas é possível fazer melhor do que isso para escapar sem roer tantas unhas.

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