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·22 de dezembro de 2020
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Nessa semana, a coluna Tática dos Campeões relembra a história de reconstrução do Blackburn. Assim, o time de industriários próximo à Manchester, teve bom retrospecto no começo do futebol na Inglaterra. Porém, ao longo das décadas, a equipe foi se afundando em dívidas e perdendo espaço nas principais divisões. Mas, graças a um magnata e torcedor do clube, chamado Jack Walker começou a investir para que seu clube voltasse a elite. Embora, o Blackburn apenas conseguiu o acesso justamente quando surgiu a era moderna na Inglaterra, a Premier League.
Desse modo, a mudança foi interessante, pois a compra por parte de Walker foi algo que impactou não apenas o clube, mas também a liga, no geral. Apesar do trabalho de Kenny Dalglish ter passado por altos e baixos, mas com a chegada de contratações, a equipe foi se encaixando. Em especial contratações como, Alan Shearer e Chris Sutton, que vieram a formar uma grande dupla de ataque, e acabaram consagrando os Rovers com o título Inglês.
Time-base: Tim Flowers; Henning Berg, Colin Hendry, Ian Pearce (Tony Gale) e Graeme Le Saux; Stuart Ripley, Mark Atkins, Tim Sherwood e Jason Wilcox (Paul Warhust); Chris Sutton e Alan Shearer. Técnico: Kenny Dalglish.
A princípio, o gol do Blackburn estava muito bem dominado pelo seguro e experiente Tim Flowers. De fato, em boas defesas, geralmente, o arqueiro tem papel importante na confiança e na busca por passar segurança, e Flowers conseguiu reunir esses atributos. A saber, pela sua qualidade técnica e também por sua vivência, ajudou a equipe em momentos cruciais. E ainda, conseguiu participar do elenco do English Team na Copa de 1998.
Além disso, Dalglish contava com uma defesa forte e também muito experiente. Basicamente, o sistema se desenhava numa linha de quatro jogadores, algo bem comum em termos táticos. Contudo, os laterais, em especial Le Saux, davam apoio ao ataque, e claro cumpriam seu papel defensivo. E, tudo isso, de maneira coordenada, movimentos treinados e aprimorados ao longo do trabalho.
Já na linha dos meio-campistas, os Rovers contavam com boa qualidade técnica e criatividade. Bem como, tantos os meias que ficavam mais abertos, quantos os mais centralizados faziam diferentes funções. Ou seja, um meio-campo que trabalhava a posse da bola para dar sustentação ao time e fazer com que a ‘pelota' chegasse com qualidade ao ataque. Sendo assim, um dos grandes destaques desse time era Tim Sherwood, com sua classe e técnica nos passes.
Certamente, esse Blackburn ficou muito marcado pela grande dupla de ataque que Dalglish conseguiu montar. Um deles, Chris Sutton um jogador mais alto, de bom porte físico, conseguia articular as jogadas e também com qualidade para finalizar. E, claro, o grande destaque do time, Alan Shearer, que conseguia gerar jogo com movimentação, assistências e finalizações. Juntos, os dois marcaram 49 dos 80 gols dos Rovers, e Shearer foi o artilheiro da Premier League, com 34 tentos anotados.
Em suma, esse Blackburn quebrou certos paradigmas no cenário do futebol inglês que à época, passava por enormes mudanças. Decerto que o trabalho de Kenny Dalglish foi satisfatório e colocou novamente os Rovers no alto nível no tão competitivo Campeonato Inglês. Além de quebrar a sequência de títulos de times que vinham dominando, em especial, o Manchester United de Alex Ferguson e companhia. De fato, foi um time histórico e memorável, especialmente para os torcedores do Blackburn.
Foto Destaque: Reprodução / Getty Images