Zerozero
·22 de novembro de 2024
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·22 de novembro de 2024
No plano metropolitano, apenas cinco estações separam águias e estrelistas. A distância é modesta e convidativa, mas o encontro não promete grandes simpatias. No próximo sábado, Benfica e Estrela da Amadora lutam por um lugar na quinta eliminatória da Taça de Portugal.
Nestas fases prematuras da Prova Rainha, com muitas equipas em competição, não é tão provável apanhar pela frente um adversário da Primeira Liga. Aconteceu ao Benfica e ao FC Porto, o Sporting «escapou» ao duelo teoricamente mais equilibrado. No caso encarnado, esta é a segunda receção à formação da Amadora.
O encontro previamente mencionado parece ter acontecido noutra vida. Roger Schmidt era o treinador dos da casa, Filipe Martins o dos visitantes e, na altura, um solitário golo de Orkun Kökçü contou a história da partida.
Desde então, as águias mudaram de treinador e parecem estar bem mais confiantes. Aliás, não há maior prova que a contundente vitória no último encontro antes da paragem para seleções, no clássico frente aos dragões, por 4-1.
Na conferência de imprensa de antevisão, Bruno Lage falou sobre os possíveis ausentes e admitiu que não vai fazer grandes poupanças: «É perceber quem está disponível e escolher o melhor onze em função da estratégia para vencer. Temos de fazer um bom jogo e vencer, porque um dos nossos objetivos é seguir em frente e vencer a Taça.»
Por pertencerem ao mesmo campeonato, não se pode dizer que o Estrela, em caso de triunfo, seja um típico tomba gigantes. Apesar de ser, inevitavelmente, uma surpresa, o termo não seria empregue de forma totalmente correta, porque os estrelistas são, por toda a história, um grande do futebol português.
No presente, a situação, ainda que já tenha estado muito pior, está algo intermitente. Os estrelistas vêm de uma vitória e saíram, finalmente, da zona de despromoção. Ainda assim, têm apenas mais um ponto que FC Arouca e Nacional; por isso, a tranquilidade - sempre relativa - ainda está longe.
Este Estrela é, contudo, uma equipa que, a espaços, já deu provas da sua qualidade e, nesse sentido, há que ter em conta. Na antevisão, José Faria prometeu um Estrela à imagem de si próprio: «Não vamos mudar em nada as nossas diretrizes e ideias. Sabemos que é a eliminar, o que ganha um cariz estratégico maior. Tenho a certeza absoluta de que vamos deixar uma boa imagem.»
Os protagonistas lançaram os dados e, agora, só resta fazer o que melhor sabem. Entrar em campo e contribuir para a festa da Taça. No horizonte, há um Jamor com duas vagas por apurar e desejoso de ver escrita mais uma página de história.