AVANTE MEU TRICOLOR
·01 de setembro de 2025
BASTIDORES: SÃO PAULO JOGOU VERDE E PODE COLHER MADURO. MARCOS LEONARDO QUER MESMO JOGAR NO MORUMBI

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·01 de setembro de 2025
Atacante comemora um dos gols marcados no último Mundial de Clubes (Megan Briggs/Getty Images)
RAFAEL EMILIANO@rafaelemilianoo
A sugestão de procurar Marcos Leonardo dada ao presidente Julio Casares e ao diretor de futebol Carlos Belmonte em uma reunião semana passada tinha objetivo inicial bem claro: tentar mostrar ao mercado que o São Paulo sonhava grande e não se contentaria com sugestões de veteranos sem contrato para repor a perda de André Silva e a necessidade de contratar um centroavante.
De quebra, o vazamento intencional da sondagem ao ex-santista era um recado de felicidade à torcida e principalmente ao técnico Hernán Crespo, ressentidos pela fase financeira do Tricolor que possibilita apenas a busca por nomes mais modestos.
Nem o mais otimista dirigente são-paulino acreditava que Marcos Leonardo se transformaria na opção mais viável para ser o atacante contratado nesta janela de transferências, que se encerra nesta terça-feira (2). Não é para menos. O jovem de 22 anos foi contratado a peso de ouro pelo Al Hilal junto ao Benfica no início da última temporada por 40 milhões de euros, com contrato até junho de 2029.
Por isso, quando avisados pelo funcionário do scout que o centroavante não seria inscrito pelo clube saudita na liga local e que a opção era emprestá-lo, o plano foi traçado. Não, não se tratava meramente de ter Marcos Leonardo em seu elenco. Mas sim apenas aliviar um pouco a imagem do São Paulo enfraquecido no mercado.
A coisa começou a mudar ainda na própria terça-feira (23/9). Esperando uma recusa imediata, o Tricolor foi surpreendido por um aceno positivo do empresário do atacante. Marcos Leonardo queria jogar no São Paulo.
São vários os motivos para a decisão do atacante, que conversou com Casares e Belmonte no decorrer da semana e deu justificativas diversas. Seleção Brasileira e, claro, o coração, afinal o atacante nunca escondeu ser são-paulino.
A partir daí, com uma situação mais concreta em mãos, os dirigentes tricolores trataram de mudarem o tom na reta final da semana passada. Primeiro, correram para espalhar que não haviam condições de Marcos Leonardo ser contratado, uma clara tentativa de afastar potenciais concorrentes (e eles surgiram) e evitar a fadiga com os sauditas.
Ao mesmo tempo, o clube manteve protocolarmente contatos iniciados, como os do Japão por Marcelo Ryan, mas ouviu do próprio Crespo que Marcos Leonardo deveria ser tratado como a prioridade máxima
Em mãos, mais do que o sim de Marcos Leonardo, os dirigentes tinham também uma carta de intenções onde ele se compromete a abrir mão do salário mensal de quase R$ 2,7 milhões por parte do Al Hilal. Vai ganhar do Tricolor até o final do ano um valor menor, esse mais compatível com a realidade são-paulina. Fator primordial para que houvesse a tentativa de resposta do clube asiático desde a tarde de sábado (30/9). É o que falta, no momento, para que o sonho quase impossível, tratado assim internamente, seja de fato realizado.