Barcelona corre para não perder reforços na estreia | OneFootball

O Barcelona segue em uma corrida contra o tempo para regularizar a inscrição de todos os seus reforços antes do início da temporada, cenário detalhado por AS e Mundo Deportivo. O clube catalão tem ciência de que, se LaLiga começasse hoje, nenhum dos cinco jogadores recém-chegados ou com vínculos renovados estaria apto para jogar oficialmente. Entre os nomes pendentes estão Marcus Rashford, Joan García, Tek Szczesny, Roony Bardghji e Gerard Martín – este último precisa migrar da ficha do time B para o elenco principal após sua renovação.

Apesar das restrições, internamente a diretoria se mantém otimista quanto à possibilidade de concluir o processo nos próximos cinco dias, prevendo avanços significativos antes do duelo do Troféu Joan Gamper, marcado para o dia 10. A comissão técnica, liderada por Hansi Flick, já trabalha com todos esses atletas no elenco durante a pré-temporada asiática, visando integrá-los com tranquilidade assim que forem oficialmente registrados.

O caminho para o Barça garantir o “fair play” financeiro exigido por LaLiga passa por diferentes frentes. Uma das principais é a aprovação do relatório de auditoria do fechamento financeiro da temporada 2024/25, que precisa contabilizar 100 milhões de euros relativos à venda de assentos VIP. Além disso, há o novo contrato de patrocínio com a República Democrática do Congo (44 milhões de euros em quatro anos) e potenciais pequenos ajustes adicionais no orçamento. O clube, segundo suas fontes, não pretende realizar vendas de alto impacto para viabilizar as inscrições.

O uso do espaço extra pela ausência médica de Ter Stegen é considerado pelo departamento de futebol, mas somente como último recurso. O presidente Joan Laporta esclareceu que, apesar de não ser necessário recorrer a essa alternativa para inscrever especialmente Joan García, essa abordagem traz riscos: caso o goleiro alemão retorne antes do prazo estipulado pela Comissão Médica da LaLiga, o Barça pode sofrer penalização tripla sobre o teto de gastos liberado por conta da sua baixa – um impacto imediato e relevante nas finanças do clube. Se a recuperação for inferior a quatro meses (com liberação de 50% do salário do jogador), a penalização poderia alcançar 14,4 milhões de euros; se superior a cinco meses (80% do salário), esse valor poderia dobrar, segundo o regulamento detalhado pelo Mundo Deportivo.

Entre os casos mais simples está o do sueco Bardghji, que pode ser inscrito inicialmente com a ficha do time B sem grandes obstáculos. No entanto, sua permanência frequente no elenco principal pode forçar a atualização para jogador do time A, a depender das escolhas técnicas e do uso planejado por Flick.

Por ora, a expectativa nos bastidores é de que, com as manobras financeiras sendo validadas, todos estarão registrados a tempo do Troféu Joan Gamper e, sobretudo, da estreia contra o Valencia pela LaLiga no dia 14 de agosto, sem necessidade de medidas drásticas.

Fontes: AS, Mundo Deportivo

Photo by Chung SungJun/Getty Images