Deus me Dibre
·09 de outubro de 2024
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Após a saída de Kin Saito, o futebol feminino do Cruzeiro agora está sob o comando de Bárbara Fonseca, mais conhecida como Babi. Em sua primeira entrevista coletiva, a nova coordenadora expressou gratidão pela confiança da diretoria e comentou as expectativas para o futuro da modalidade no clube, destacando a importância de manter o crescimento sustentável e o alto nível competitivo das equipes femininas.
“É um quarteto de grandes gestores que me passa a gestão do futebol feminino”, disse Babi, em referência ao apoio que recebe de membros da diretoria, como Pedro Lourenço, Alexandre Mattos e Paulo Pelaipe. “A experiência de Mattos e Pelaipe vai ser muito enriquecedora pra minha trajetória. A caminhada começou em 2019 com grandes pessoas que foram sustentáculos para esse trabalho contínuo”, acrescentou.
Sobre as recentes declarações de Alexandre Mattos, que afirmou que o futebol feminino havia dado um “passo maior que a perna” em termos de investimento, Babi foi enfática em sua visão:
“A fala pode ter levado a uma interpretação diferente. Havia uma ideia de investimento grande, mas o que tenho do Cruzeiro é a garantia de um investimento sustentável e crescimento orgânico. Vamos crescer de acordo com o que é sustentável, para não ficarmos sem honrar compromissos.”
A coordenadora também demonstrou entusiasmo com o planejamento de reforços para a próxima temporada. Segundo Babi, há atletas com pré-contratos assinados e negociações em andamento para manter jogadoras importantes no elenco. “Quando o clube aceita renovar com uma atleta por quatro anos, diz muito sobre o que a diretoria pensa. Essas atletas demandam investimento, e o Cruzeiro está sempre atento ao mercado”, revelou, citando exemplos como as jogadoras Calhau e Byanca Brasil, recentemente convocadas para a Seleção.
Um ponto destacado por Babi foi a relação direta com Pedro Lourenço e a importância disso para a gestão do futebol feminino. “Ele me chamou há oito dias, e já tivemos três reuniões. Está muito tranquilo. O que difere agora é poder entrar, sentar à mesa e construir o que será o futuro”, explicou.
Babi também comentou sobre a formação de categorias de base e o desafio de estruturar essa área no clube. Com a Copa São Paulo de Futebol Feminino se aproximando, ela admitiu que o projeto ainda não saiu totalmente do papel, mas ressaltou que há uma parceria com uma equipes de São Paulo sendo firmada para garantir a participação do Cruzeiro na competição.
“A gente está tentando correr contra o tempo. Estamos inscritos na Copa São Paulo que começa na última semana de novembro e que tem limite de inscrição até dia 18 de outubro. A gente não conseguiu tirar isso do papel e preciso colocar uma equipe pra disputar a Copa São Paulo. Vamos fazer uma parceria com uma equipe em São Paulo, pude acompanhar o trabalho lá, a equipe é comprometida, há uma pegada social nesse projeto e que faz todo sentido pro Cruzeiro investir num projeto sério que tá entregando atletas pra grandes clubes em São Paulo. Vamos pensar em como vamos construir uma base com responsabilidade, a gente precisa formar, mas eu vou pedir desculpas ao torcedor, vou precisar de um tempo maior pra entregar o que vai ser. Esbarra em estrutura, vai ter buscar uma Toca III, mas logo logo a gente vai entregar uma categoria de base.”
Ao ser questionada sobre a manutenção do nível de competitividade do futebol feminino do Cruzeiro, Babi foi clara: “Vamos defender o título do Campeonato Mineiro e fazer um jogo digno. A nível nacional, a gente chega provocando um terror nas equipes adversárias. Não há motivo para não sermos ainda melhores em 2024.”
Por fim, a nova coordenadora destacou que o maior desafio enfrentado pelo futebol feminino ainda é externo. “Hoje temos muitos clubes e poucas atletas para entregar nível de competitividade. O desafio é grande em Minas Gerais, que precisa valorizar mais sua competição estadual”, concluiu.
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