Trivela
·03 de dezembro de 2022
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·03 de dezembro de 2022
Foi com drama nos minutos finais, mas a Argentina venceu a Austrália e vai às quartas de final da Copa do Mundo. O placar de 2 a 1 tornou tudo bastante dramático até o fim, com os Socceroos pressionando, mas a Argentina tinha um camisa 10 que mais uma vez ajudou a decidir. Lionel Messi fez o primeiro gol e chamou a responsabilidade em diversos momentos, especialmente no final do jogo, quando as coisas estavam dramáticas. Os albicelestes poderiam ter feito mais gols e perderam muitas chances no segundo tempo, tanto quando o jogo estava 2 a 0, com relativo controle, quanto no final, quando os espaços se abriram pelos australianos terem se jogado ao ataque.
No fim, a Argentina vence e vai disputar as quartas de final contra a Holanda, em um duelo que promete ser bastante interessante. Duas camisas de peso, que já até decidiram a Copa, em 1978, e também mais recentemente, em 2014, fizeram a semifinal da Copa. Em ambas, os argentinos levaram vantagem.
A Argentina tinha a ideia de manter a escalação do jogo anterior, contra a Polônia, mas Angel Di Maria não estava em condições físicas, então quem jogou foi Alejandro Gómez (o famoso Papu Gómez). No mais, o mesmo time do jogo anterior, com Alexis Mac Allister, Enzo Fernández e Rodrigo de Paul como meio-campistas. No ataque, Julian Álvarez manteve a posição de titular.
Na Austrália, o técnico Graham Arnold manteve os mesmos 11 titulares do jogo contra a Dinamarca, na última rodada da fase de grupos, quando o time conseguiu uma vitória e classificação histórica.
Como era de se esperar, a Austrália tentava se fechar atrás e impedir trocas de passes dos argentinos a partir da intermediária. Ainda com 15 minutos de jogo, Jackson Irvine ainda tomou um cartão amarelo por insistir em cometer faltas.
O plano australiano funcionou nos primeiros 30 minutos do jogo. Sem espaço, a Argentina tinha dificuldades em trabalhar pelo meio, especialmente. As jogadas de lado não são o forte dos albicelestes. Foi preciso, então de algo fora do padrão. E quem tem Messi, sempre pode tirar isso da cartola.
Depois de um lance na lateral, Behich e Messi se desentenderam de leve, com um empurra-empurra. Na cobrança de lateral, a Argentina trabalhou a jogada, Mac Allister fez o passe pelo meio na direção de Otamendi, que dominou mal e Messi desarmou o companheiro para pegar a bola e chutar colocado, mesmo em meio à marcação de dois jogadores, e colocar no cantinho de Mathew Ryan: 1 a 0 para a Argentina, aos 34 minutos.
Foi como terminou o primeiro tempo. Apesar de um jogo de poucas chances, a Argentina conseguiu sair em vantagem na primeira etapa.
Lionel Messi, da Argentina (Francois Nel/Getty Images)
No início do segundo tempo, aos cinco minutos, o técnico Lionel Scaloni já fez uma mudança: colocou o zagueiro Lisandro Martínez no lugar de Papu Gómez. Lisandro entrou como lateral esquerdo, adiantandno Marcus Acuña.
A Argentina aproveitou uma bobeada na defesa australiana para ampliar o placar. O goleiro Mathew Ryan saiu jogando com Behiche, que tocou de volta para o zagueiro Rowles. Apertado, ele tocou para o goleiro Mat Ryan, que se enrolou quando foi pressionado de perto por Rodrigo De Paul e Julian Álvarez tomou a bola e bateu rápido para o gol: 2 a 0, aos 12 minutos.
O jogo parecia controlado. A Argentina dominava as ações e começou a perder chances. Parecia que o jogo tinha ficado fácil. Foram algumas chegadas, nenhuma com enorme perigo, mas ainda criando algum risco.
Até que aos 31 minutos, a Austrália chegou sem muita gente para o ataque e Craig Goodwin pegou a sobra para, de fora da área, soltar uma bomba. A bola provavelmente passaria longe, mas desviou em Enzo Fernández e matou o goleiro Emiliano Martínez: a Austrália diminuiu para 2 a 1. Um pequeno susto.
O que parecia só um susto quase virou drama. Behich fez uma jogada espetacular pela esquerda, foi cortando pelo meio e, por muito pouco, não saiu um golaço. No último instante, ele foi travado por Cristian Romero. Um lance que, se sai o gol, seria absolutamente espetacular.
A albiceleste poderia ter ampliado o placar aos 43 minutos, quando Messi fez a jogada pelo meio e deu o passe com amor e carinho para Lautaro Martínez, livre, bater de pé direito. Era para só tocar para o gol e se consagrar. Só que a confiança dele anda tão ruim que ele bateu por cima do gol, longe, muito longe do alvo. Nem ele pareceu acreditar no péssimo chute que deu e pareceu reclamar consigo mesmo.
Já nos acréscimos, a Argentina insistiu e Messi novamente abriu para Lautaro na esquerda. Mais marcado, desta vez ele bateu de pé esquerdo e o goleiro Mat Ryan defendeu. A Argentina colocou mais pressão no final, com Messi carregando a bola pela direita, fazendo a jogada individual, e chutou colocado, buscando o ângulo, mas mandou para fora.
Com a Austrália bagunçada no final, com o zagueiro Harry Souttar no campo de ataque para aproveitar a sua imensa altura de 1,98 metro, a Argentina encontrou espaços. E Messi tentou de novo, tocou para Lautaro, que chutou mascado, a bola sobrou e bateu no goleiro e ainda sobrou para Messi tentar pegar de primeira, mas a bola mais bateu nele do que ele na bola.
Mas a Austrália insistia. E em uma loucura final na área, a bola sobrou para Kuol, que girou e chutou, mas o goleiro Emiliano Martínez defendeu. Os australianos podem sair de cabeça erguida, porque deram mais trabalho para os argentinos do que se imaginava, especialmente pelo final, pressionando os albicelestes. O apito final foi um alívio para a Argentina, que vai às quartas de final da Copa. Mais uma vez, com o seu craque como grande destaque do time.
A Argentina enfrentará a Holanda pelas quartas de final, no próximo dia 9 de dezembro, no Estádio Lusail.
Argentina 2×1 Austrália
Local: Estádio Ahmed bin Ali, Em Al RayyanÁrbitro: Szymon Marciniak (Polônia)Gols: Lionel Messi, Julián Álvarez (Argentina), Enzo Fernández (contra) (Austrália)Cartões amarelos: Jackson Irvine, Milos Degenek (Austrália)Cartões vermelhos: nenhum
Argentina: Emiliano Martínez; Nahuel Molina (Gonzalo Montiel), Cristian Romero, Nicolás Otamendi e Marcos Acuña (Nicolás Tagliafico); Rodrigo De Paul, Enzo Fernández e Alexis Mac Allister (Exequiel Palacios); Papu Gómez (Lisandro Martínez), Lionel Messi e Julian Álvarez (Lautaro Martínez). Técnico: Lionel Scaloni
Austrália: Mathew Ryan; Milos Degenek (Garang Kuol), Harry Souttar, Kye Rowles e Aziz Behich; Mathew Leckie (Fran Karacic), Aaron Mooy, Jackson Irvine e Keanu Baccus (Ajdin Hrustic); Riley McGree (Craig Goodwin) e Mitchell Duke (Jamie MacLaren). Técnico: Graham Arnold
Confira os melhores momentos de Argentina 2×1 Austrália
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