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·15 de janeiro de 2025

Auditoria Forense: FC Porto pagou viagens pessoais a membros e familiares da anterior direção dos Super Dragões

Imagem do artigo:Auditoria Forense: FC Porto pagou viagens pessoais a membros e familiares da anterior direção dos Super Dragões

O FC Porto anunciou esta quarta-feira os resultados da auditoria forense, revelando que, nas cinco épocas desportivas analisadas (2017/18, 2018/19, 2021/22, 2022/23 e 2023/24), as perdas foram estimadas em 5,1 milhões de euros, relativas aos processos de venda de bilhetes aos Super Dragões e às Casas do FC Porto.

Entre as principais irregularidades encontradas, destacam-se as seguintes: “Dívidas em aberto de 2 milhões de euros relativas a bilhetes vendidos (e entregues) aos Super Dragões que não foram reembolsados pela Associação (não pagos); dívidas associadas à venda de bilhetes às Casas do FC Porto, com falta de documentação que justifique as transações.”


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O montante total das perdas inclui também o apoio logístico aos Super Dragões, “estimado em 1,45 milhões de euros em despesas não elegíveis (faturas não elegíveis à luz dos Protocolos), e o uso indevido de recursos do Clube para cobrir despesas de viagens pessoais de membros e familiares da direção dos Super Dragões para destinos onde não ocorreram jogos do Clube (ex: Cuba, Cancún, Maldivas, Brasil, Tanzânia, Ibiza, Sardenha, …).”

Isso resultou em uma nota adicional com a seguinte revelação: “Além deste montante, foram pagos cerca de 800 mil euros adicionais relacionados com deslocações na condição de visitante, enquadrados como elegíveis de acordo com o protocolo em vigor.”

Em relação aos descontos indevidamente aplicados sobre o valor nominal dos bilhetes, o prejuízo do FC Porto totaliza 850 mil euros. A auditoria também revela a oferta indevida de bilhetes para jogos de grande relevância bilheteira, como o FC Porto-Barcelona, por ocasião do aniversário da claque, em violação dos protocolos, com um impacto financeiro estimado em 340 mil euros.

Focando-se nas Casas do FC Porto, foi confirmado “o excesso de bilhetes vendidos em relação à bolsa média permitida (limitada a 2.500 bilhetes), resultando em perdas de 110 mil euros”, e “diversas Casas atuaram na venda de bilhetes sem fornecer os dados legais obrigatórios, causando perdas estimadas em 81 mil euros”.

A auditoria também salienta que, como era de esperar, foi impossível “estimar o volume de receitas gerado pela revenda ilegal de bilhetes aos utilizadores finais.”

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