Clube Atlético Mineiro
·25 de maio de 2025
Atlético x Corinthians: coletiva de imprensa com Cuca

In partnership with
Yahoo sportsClube Atlético Mineiro
·25 de maio de 2025
Pergunta: Não queria te perguntar sobre a arbitragem, mas tendo em vista que o Corinthians reclamou muito do Klein, queria saber a visão do Atlético, já que o árbitro inverteu muitas faltas, a despeito da não expulsão do Lyanco…
Cuca: “Sim, foram vários lances da arbitragem. Vou falar do meu sentimento. Eu acho que ele poderia ter dado o segundo cartão amarelo para o Lyanco. Ele pode ter interpretado que não, pois o rapaz cai com a mão no rosto, e foi uma segurada no peito. Poderia ter dado o segundo cartão. Mas não sou advogado dos árbitros e nada mais. Está difícil ser árbitro. Está muito difícil. É uma pressão dentro do campo, fora do campo, dos treinadores. No corredor. Não é só aqui, em todo lugar. Pressão enorme e são seres humanos”.
“Eles têm sentimentos e erram. Não adianta criticar a arbitragem. É tão fácil saber qual é o problema. É falta de profissionalização. Se você profissionalizar os árbitros, a importância que eles têm, eles mexem com milhões de investimentos e não são profissionais. Se profissionaliza, vai se dedicar mais, viver daquilo, e errar menos. Não adianta ter o VAR, o drone, porque tem lances que não são do VAR, como é o lance do Lyanco. Não adianta crucificar o árbitro. Eles erram, todos erram, mas não tem maldade”.
“Eu tomei um cartão amarelo hoje porque falei para o Júnior Santos: “Entra na área! Entra na área”. Ele (árbitro) pensou que eu estava falando com ele. Porque ele já estava mexido de todo mundo estar em cima da cobrança dele. Basta você ver que não tem santinha no futebol, todo mundo reclama e pressiona. A vida deles não é fácil. Acho que a gente pode e deve ajudar muito mais”.
Pergunta: Dorival disse que mudou o time porque não dá para jogar de três em três dias com a mesma equipe, e também tem decisão na Sul-Americana. No Galo, você repete uma ideia de time a cada jogo. Qual o peso da questão física nas dificuldades que o time vem tendo?
Cuca: “Hoje a gente começou menos forte. Estamos com seis caras aí com surto de gripe, Influenza. Os caras estão baqueados. Gabriel Menino não conseguiu vir ao estádio. Natanael jogou sem a melhor condição, o Everson também. E dentro de jogos que se tem, na intensidade que se tem, você não consegue fazer jogos de alto nível jogando toda vez assim. Tem que rodar o time. Estamos tentando fazer isso, dentro do que podemos. Pois existe uma disparidade, um pouco, entre titular e reserva. Agora, te pergunto, vamos poupar na quinta-feira? Tiramos os titulares com risco de perder o primeiro lugar ou nem classificar? Vale a pena? Domingo é outro jogo, lá no Ceará. Podemos pensar nisso. Temos um elenco curto e não dá para ir poupando jogador toda vez”.
Pergunta: Sobre esse assunto de elenco curto, para alinhar a expectativa com o torcedor, há mais três jogos até a parada para o Mundial de Clubes. É possível jogar melhor do que foi hoje, ou a realidade é um desempenho similar até esses respiro maior dapausa.
Cuca: “Hoje, o nosso primeiro tempo não foi bom, até os 35 minutos. Mas, as chances claríssimas que perdemos, teve lance que perdemos que era mais perto do que um pênalti. No segundo tempo, jogamos melhor. O Corinthians soube se defender também. Lógico que sempre podemos jogar melhor, produzir mais. Mas tem que ser mais eficaz. A palavra é essa. Se jogar o que jogou hoje com eficácia, você faz um, dois gols, e é o suficiente para vencer”.
Pergunta: Sobre a parada, ela é benéfica para recuperar de lesões, ou ruim, que possa fazer o jogador perder o ritmo que está encaminhado?
Cuca: “Hoje não jogamos com dois jogadores que temos para o lado esquerdo forte, o Arana e o Cuello. Isso daria ao Rubens a chance de fazer outras funções. Isso nos fortaleceria muito. A parada vai vir e vai ser recuperatória para todos os times. Você tem que mesclar, ver quem precisa de recuperação, quem precisa de trein, para deixá-los equiparados”.
Pergunta: O elenco do Galo, hoje, é um elenco quantitavamente inferior do que poderia ser. o Rubens é um jogador coringa. Saíram notícias sobre a venda dele no meio do ano. É algo que te preocupa?
Cuca: “Me preocupa muito. Se a gente perder um jogador do nível do Rubens, não adianta, você não vai repor à altura, e há o que ele tem a evoluir. Ele não está no ápice, vai evoluir muito ainda como volante, meia e lateral. Jogador que, de repente no fim do ano, e estou falando do que eu penso. Mas, no fim do ano, de repente, ele possa sair. Mas, até lá, não”.
Pergunta: Queria saber sobre continuar sem perder dentro de casa desde a volta da Arena MRV. Fale um pouco sobre essa fortaleza dentro de casa.
Cuca: “Hoje, perdemos o 100% e a gente estava com essas vitórias, até tivemos oportunidades para fazer o gol. Infelizmente, não aconteceu. Algumas vezes, o cansaço é psicológico também, as pressões em jogos decisivos. E você não recupera direito. Eu estou cansado”.
“São jogadores machucados, essa gripe, nos impede de fazer as trocas que queremos. É difícil. Teremos um domingo de descanso, segunda-feira trabalhar para fazer um grande jogo na quinta-feira, contra o Cienciano, passar. Jogar com o Ceará às 18h30 no domingo, fazer o máximo possível para fazer o resultado. Depois, teremos 10 dias para fazer o último jogo antes da parada da “meia-férias”, que é outra coisa importante para se discutir no futebol. Acho que o futebol brasileiro vai evoluir muito quanto tivermos um calendário igual ao europeu”.
“Estamos acostumados a descansar em dezembro, com Natal e Ano Novo, mas você consegue fazer uma pausa de 10 dia em dezembro. Acho que na Argentina é assim, isso facilita muito para os jogadores, para a seleção”.
Pergunta: Você convocou o torcedor e foram quase 40 mil hoje. Festa bem bonita na Arena MRV. Durante a partida, e a característica do seu time é de intensidade, achei que o Atlético marcou muito no bloco médio e baixo quando o Corinthians saiu jogando. Depois que o Igor Gomes entrou, isso melhorou. Foi uma orientação ou dificuldade de encaixe.
Cuca: “Não encaixou, não conseguimos encaixar o jogo. Também acho que o Igor Gomes melhorou. Num jogo assim, nesse tipo de campo, você tem que ter os caras que tratam bem a bola. O sintético te entrega, é dedo duro. Se ela bater na canela, é porque você é ruim. O campo sintético não tem imperfeições. Para jogar esse jogo, tem que ter qualidade. Os volantes não podemo mais só marcar. São os caras que tem liberdade de construção, os próprios zagueiros. Hoje, não conseguimos fazer esse jogo flui com os zagueiros ou os volantes. Isso faz muita falta. Se depender só do bloco da frente jogar…”
“No segundo tempo, consegui ter os meias por fora, o Scarpa e o Igor Gomes, tivemos o controle do jogo. Era o momento de fazer o gol. Daquelas três chances que tivemos, faz um, o jogo é outro. Corinthians vai ter que sair, e o nosso jogo iria entrar, a nossa característica, que é a velocidade do Júnior Santos, Rony e Hulk. Isso não entrou, porque o Corinthians estava bem no segundo tempo, se defendendo bem atrás”.
Siga o Galo nas redes sociais: @atletico