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·06 de abril de 2025

Atlético para em um Rafael ‘inspirado’ e fica no empate sem gols contra o São Paulo no Mineirão

Imagem do artigo:Atlético para em um Rafael ‘inspirado’ e fica no empate sem gols contra o São Paulo no Mineirão

Por: Thiago Florêncio

Com muita raça, entrega do início ao fim e apoio de mais de 28 mil torcedores no Mineirão, o Atlético lutou até o último lance, criou mais, pressionou com intensidade, mas parou em noite inspirada do goleiro Rafael.


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O empate sem gols com o São Paulo, neste domingo (6), pela 2ª rodada do Brasileirão, teve gosto amargo para o Galo, que dominou as ações ofensivas e mostrou superioridade, especialmente na segunda etapa.

Galo faz 1º tempo equilibrado e Zubeldía é expulso após reclamação

O primeiro tempo entre Atlético e São Paulo foi marcado por muito estudo, defesas bem postadas e raras chances claras de gol. Com uma linha de cinco jogadores no setor defensivo, o time paulista conseguiu neutralizar as principais investidas do Galo, que encontrou dificuldades para infiltrar e construir jogadas pelo meio.

Aos 16 minutos, o São Paulo até chegou a balançar as redes em cobrança de falta, com Ferraresi completando para o gol após bate-rebate na área. A auxiliar correu para o meio, sinalizando o gol, mas a arbitragem de vídeo — sob o comando de Wagner Reway — entrou em ação e anulou o lance por impedimento do zagueiro tricolor.

A resposta atleticana veio três minutos depois, quando Cuello arriscou de fora da área e tirou tinta do ângulo esquerdo de Rafael, em finalização venenosa.

Apesar do equilíbrio na posse de bola, o São Paulo soube explorar melhor os espaços, especialmente pelo lado esquerdo do campo. Com jogadas de profundidade e velocidade pelas pontas, os visitantes conseguiram quebrar a marcação atleticana em diversas ocasiões.

Aos 21 minutos, Alisson recebeu na entrada da área após triangulação pelo lado esquerdo e finalizou com precisão. Everson, em noite inspirada, voou para fazer uma defesa espetacular, salvando o Galo em um dos lances mais perigosos do primeiro tempo.

Mesmo com a posse de bola dividida, o Atlético continuava com dificuldades de criar. Aos 24, Ferreira apareceu com liberdade pela esquerda e serviu Wendell, que finalizou fraco para tranquila intervenção de Everson.

O Galo ainda teve lampejos ofensivos. Aos 30 minutos, Lyanco lançou Rony em profundidade, mas o cruzamento do atacante foi direto para as mãos do goleiro Rafael. Sete minutos depois, Hulk recebeu ótimo passe de Gabriel Menino, girou sobre três marcadores dentro da área e soltou a bomba de perna esquerda. Rafael, atento, fez mais uma bela defesa.

A tensão aumentou nos acréscimos. Aos 45 minutos, Lyanco — já advertido com cartão amarelo — cometeu falta dura em um jogador são-paulino. A entrada gerou revolta no técnico Luis Zubeldía, que invadiu o campo para reclamar. O árbitro Ramon Abatti Abel não titubeou: expulsou o treinador alvinegro, que, inconformado, partiu para cima da arbitragem.

Nos minutos finais, a equipe alvinegra até tentou dominar o jogo no campo de ataque, mas nada que fosse suficiente para mexer no placar.

Galo cresce na etapa final, mostra entrega, mas esbarra em Rafael

O Atlético Mineiro voltou para o segundo tempo com outra postura no Mineirão. Com mudanças pontuais promovidas por Cuca — Bernard no lugar de Cuello e Rubens substituindo Gabriel Menino —, o Galo passou a controlar melhor o meio-campo e a encontrar mais espaços diante do sistema defensivo são-paulino.

Logo nos minutos iniciais, Rony recebeu de Bernard e finalizou com perigo. A bola ainda desviou na zaga antes de sair pela linha de fundo, levando o torcedor alvinegro ao primeiro suspiro de esperança na etapa complementar.

Atento às investidas de Ferreira pelo lado esquerdo do ataque tricolor, Cuca não hesitou e, aos nove minutos, reforçou sua retaguarda com a entrada de Saravia no lugar de Natanael. A mudança surtiu efeito imediato: o Atlético passou a ter mais segurança defensiva e maior domínio territorial.

Com Bernard articulando as jogadas e ditando o ritmo no meio, o Galo cresceu. Aos 20 minutos, após troca de passes envolvente, Scarpa soltou uma pancada de fora da área, exigindo milagre do goleiro Rafael, que evitou o gol em defesa espetacular.

O São Paulo, que pouco havia criado no segundo tempo, só voltou a assustar aos 26 minutos. Alisson encontrou Lucas Ferreira em profundidade, e Everson apareceu com grande reflexo para impedir o gol adversário.

Mesmo com a igualdade no placar, o que não faltou ao Atlético foi entrega. A equipe lutava por cada bola, mantinha a intensidade e buscava alternativas para furar o bloqueio tricolor. Aos 35, Hulk arriscou de muito longe em cobrança de falta colocada. Rafael, novamente seguro, fez a ponte e segurou firme.

O jogo esquentou de vez na sequência. Após disputa no alto, Calleri atingiu Júnior Alonso com o cotovelo. O zagueiro atleticano levou a pior, caiu sangrando no gramado e precisou ser substituído por Igor Gomes. Após análise do VAR, o árbitro Ramon Abatti Abel expulsou o atacante são-paulino, deixando o São Paulo com um a menos.

Com superioridade numérica, o Atlético aumentou ainda mais a pressão. Aos 42, Scarpa colocou na área com precisão em um cruzamento de manual, e Lyanco subiu livre, cabeceando com força. Rafael, em noite iluminada, fez mais um milagre.

Aos 48, em bola rebatida na área, Júnior Santos testou forte e novamente Rafael fez um milagre, espalmando a bola para escanteio.

No último lance da partida, Lyanco subiu em dividida com Ferraresi e acabou empurrando o zagueiro são-paulino. O árbitro interpretou como falta e, por considerar o lance imprudente, aplicou o segundo cartão amarelo ao defensor atleticano, que acabou expulso em seguida com o vermelho.

Agora, o Galo se prepara para enfrentar o Deportes Iquique, do Chile, na próxima quinta-feira (10), pela segunda rodada do Grupo H da CONMEBOL Sul-Americana, às 21h30, no Mineirão.

Estatísticas da partida

Posse de bola: Atlético 60% x 40% São Paulo; Finalizações: Atlético 25 x 6 São Paulo; Finalizações certas: Atlético 6 x 4 São Paulo; Passe certos: Atlético 458 x 329 São Paulo; Cartões amarelos: Lyanco e Ferreira (aos 34 minutos do primeiro tempo); André Silva (aos 3 minutos do segundo tempo), Alan Franco (São Paulo aos 45 do segundo tempo).

Cartões vermelhos: Luis Zubeldía (aos 45 minutos do primeiro tempo), Calleri (aos 36 minutos do segundo tempo) e Lyanco (aos 53 minutos do segundo tempo).

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