Mercado do Futebol
·10 de agosto de 2022
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A torcida do clube alvinegro cantou músicas de cunho racistas, misóginas e homofóbicas direcionadas ao clube e a torcida carioca
Semanas após a partida de ida entre Atlético Mineiro e Flamengo pelas oitavas de final da Copa do Brasil, e a decisão do duelo entre os times no torneio, com a classificação carioca, o jogo de ida ainda dá o que falar em diversos âmbitos desportivos.
No dia 19 de julho, após o sorteio das quartas de final da Copa do Brasil, foi noticiado que o Galo seria julgado pelo STJD no dia 21. O clube mineiro foi réu da 4ª comissão disciplinar do STJD, e julgado por causa de “cânticos discriminatórios” da sua torcida durante a vitória de 2 a 1 contra o Flamengo, no jogo de ida da Copa do Brasil, em 22 de junho, no Mineirão.
Com isso, nessa quarta-feira (10), segundo informações do ge (Globo Esporte), o Galo foi novamente julgado por denúncia de “gritos discriminatórios” da torcida durante a partida contra o Flamengo, no Mineirão.
Além do clube mineiro, Junior Alonso, zagueiro alvinegro também foi julgado por jogada temerária por lance no jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil. O lance aconteceu contra o atacante Pedro, e originou a falta que deu o 2º gol ao clube carioca, confirmando a classificação para as quartas de final.
De acordo com as informações do ge, o time mineiro foi multado em R$ 60 mil, enquanto Junior Alonso foi advertido.
A denúncia teve origem após recebimento de Notícia de Infração do Flamengo. Inicialmente, a relatora do caso, Dra. Adriene Silveira Hassen, defendeu multa em R$ 65 mil e perda de mando pelos cantos “homofóbicos, misógenos e machistas”. A relatora afirmou que o caso é grave por todas as estatísticas contra a população LGBTQIA+.
“Entendo pela gravidade da prática em grande número dos torcedores, que entoaram palavras discriminatórias a um outro grande número”.
O advogado do Atlético, Theotonio Chermont, minimizou os cantos homofóbicos da torcida do Galo e defendeu o clube sob a alegação de que a pena sugerida seria “desproporcional“. Segundo ele, o canto não foi para discriminar.
“O politicamente correto está chato demais. As palavras são muito mais por xingar do que para ser preconceituoso. O torcedor não tem essa sensibilidade para discriminar, xinga para provocar. Não dá para exigir que alguns torcedores tenham esse comportamento. Querer punir com R$ 65 mil e perda de campo é absurdo. O julgamento anterior teve casos muito mais graves, não ouvi a turma falando em perda de mando ou em multas caras, como os R$ 5 mil. O Flamengo saiu no lucro naquele caso. Agora punir o Atlético em perda e com essa multa é desproporcional”, disse.
Em votação, outros membros da 4ª Comissão Disciplinar do STJD até aqui, decidiram por retirar a perda do mando e por abaixar a multa para R$ 50 mil.
Foto de Bruno Sousa/Atlético