Trivela
·06 de janeiro de 2021
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·06 de janeiro de 2021
O Atlético de Madrid faz uma temporada que tem tudo para ser boa, com boa possibilidade de título. Atualmente líder em La Liga, com uma vantagem confortável, o time foi para a Copa do Rei para enfrentar um adversário fraco, o Cornellà, da terceira divisão, e que joga em um campo que lembra o futebol de 7, também chamado de society no Brasil. Mais uma vez, cai diante de um rival da terceira divisão, como foi na temporada passada, diante do Cultural Leonesa. Mais uma vez, passando vergonha. A derrota para o Cornellà por 1 a 0 veio não por um golpe de sorte do adversário, mas porque os Colchoneros não jogaram nada.
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Simeone poupou alguns jogadores, mas escalou um time forte, com ao menos seis titulares e outros jogadores acostumados a jogar com frequência no time, como Geoffrey Kondongbia, ou mesmo Vitolo. O ataque teve Ángel Correa e João Félix, dois jogadores constantemente no time titular do Atlético. As grandes novidades estavam no gol, com o canterano Miguel San Román como titular, e também com Ricard Sánchez, outro jogador da base, de 20 anos, como lateral direito.
Logo a sete minutos, o Cornellà conseguiu um gol que o deixou em uma posição mais confortável. Agustin Medina Delgado cobrou falta do lado esquerdo à meia altura e o zagueiro Adrian Jimenez desviou para o gol para marcar 1 a 0. Uma jogada de bola parada, o que normalmente é um dos pontos fortes do time de Simeone.
Pouco depois, Simeone perdeu um titular. José Giménez se machucou e teve que ser substituído por Stefan Savic. O primeiro tempo foi ruim, sem que o Atlético conseguisse de fato pressionar o adversário. As coisas se complicaram enormemente quando Ricard Sánchez tomou o primeiro amarelo, aos sete minutos, e o segundo, aos 18, deixando o Atleti com um jogador a menos.
A dificuldade dos colchoneros era tanta que até dominar a bola pareceu ficar difícil. E ao dominar, era sufocado por um adversário valente, que fechava os espaços para pressionar. Simeone tirou um apagado Vitolo, que nada fez no jogo, e lançou Ivan Sponijc, atacante de 23 anos, sérvio, que é alto e tem o jogo aéreo. Não adiantou. Quando o treinador tirou João Félix, o maior talento do time em campo, para colocar Mario Soriano, de 18 anos, aos 30 minutos, foi quase como jogar a toalha.
O Atlético de Madrid não acertou sequer um chute no gol. Toda as 15 finalizações foram erradas, com nove delas para fora e outas seis bloqueadas. O Cornellà, com seus 15 chutes, acertou seis, muito mais eficientes. Os colchoneros ficam pelo caminho em uma competição que poderiam vencer. E mais do que a eliminação, veio a derrota com ares de vexame.