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·25 de junho de 2025

Atacante do Fortaleza aparece em relatório de investigação sobre patrocínio do Corinthians

Imagem do artigo:Atacante do Fortaleza aparece em relatório de investigação sobre patrocínio do Corinthians

O atacante argentino Juan Martín Lucero, do Fortaleza, foi mencionado em relatório da Polícia Civil de São Paulo referente ao inquérito que investiga suspeitas de lavagem de dinheiro e atuação de organizações criminosas em contratos de patrocínio do Corinthians com a casa de apostas VaideBet. De acordo com a investigação, Lucero realizou transferências financeiras em dezembro de 2023 para duas empresas sob suspeita: R$ 357 mil para a Wave Intermediações Tecnológicas e R$ 130 mil para a Victory Trading.

Essas empresas são apontadas pelos investigadores como possíveis peças de um esquema que visava movimentar dinheiro da comissão do patrocínio entre Corinthians e VaideBet. O relatório destaca que tanto a Wave quanto a Victory receberam recursos que passaram anteriormente pela Neoway Soluções Integradas, definida como uma “companhia de fachada” utilizada para transitar R$ 1,4 milhão envolvidos no acordo de patrocínio. A Wave, especificamente, recebeu R$ 1 milhão da Neoway e teria papel central na engrenagem suspeita de lavagem de valores. Paralelamente, a Victory Trading teria repassado R$ 200 mil a partir do valor recebido por intermediação no contrato.


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O documento também cita que tanto Wave quanto Victory Trading fizeram transferências para a UJ Football, empresa de agenciamento esportivo investigada por suposta ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC), organização criminosa de grande alcance no Brasil.

Apesar da citação de Lucero no relatório, ele não figura entre os indiciados ou oficialmente investigados. Não há, segundo a Polícia Civil, qualquer relação direta comprovada do jogador com os fatos apurados. O estafe do atleta se manifestou e declarou que Lucero desconhece as duas empresas envolvidas.

O episódio insere o nome do atacante em um momento intenso de investigações no futebol brasileiro, com especial atenção ao fluxo de capitais entre o esporte profissional e empresas terceiras, muitas vezes usadas para dificultar o rastreamento da verdadeira origem e destino dos recursos. No caso específico do Corinthians, a apuração segue mirando nas estruturas criadas para o pagamento de comissões e na possível conexão com o crime organizado, reforçando a preocupação das autoridades com os caminhos do dinheiro no mercado do futebol.

Lucero, por ora, segue à disposição do Fortaleza, sem qualquer sanção da Justiça ou da polícia, enquanto a investigação principal continua em torno dos intermediários do patrocínio.

Source: Diário do Nordeste

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