Jogada10
·23 de novembro de 2022
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·23 de novembro de 2022
Em dado momento, no segundo tempo, o Japão tinha seis jogadores que atuam em clubes da Alemanha. Mas isso não era suficiente para superar o adversário, que vencia por 1 a 0, gol de Gundogan cobrando pênalti aos 32 minutos da etapa final, e ameaçava ampliar em quase todas as ocasiões que atacava. Os japoneses sofriam com um velho problema – a dificuldade para concluir com acerto. Já os os germânicos demoravam excessivamente para decidir. Assim, eis que com meia hora, a seleção asiática chegou ao empate. Derrubou tabus, com um dos “alemães”, Ritsu Doan, do Freiburg, o que não foi exatamente uma surpresa, pelo futebol apenas razoável da equipe européia, e pela circunstância da partida. Afinal, o jogo deixava evidente que o nível atual do time dirigido por Hans Flick não é nenhuma maravilha.
Japão derruuba a Alemanha – Divulgação/Twitter
E não é que os nipônicos – nome ótimo – viraram o placar? A propósito, com outro atleta que trabalha na terra da apfelstrüdel, Takuma Asano, do Bochum. Não havia mais tempo para evitar o vexame. E a Alemanha, a exemplo da Argentina, começou passando vergonha.
O Canadá teria realizado um primeiro tempo exemplar diante da Bélgica, travando o poder de articulação do adversário, mas desperdiçou um pênalti – que Davies cobrou e Courtois defendeu – e ainda tomou um gol, de Batsuayi, aos 44 minutos. Logo, voltou para a etapa derradeira tentando justificar o bom futebol que jogou até ali, pois a derrota deixaria evidente que time sem tradição, mesmo quando brilha, acaba perdendo. Assim, voltou do intervalo desesperado para empatar, esbarrando, no entanto, em uma equipe que adotou uma postura mais defensiva, para liquidar nos contra-ataques. E mais nada aconteceu de fato. Pois não chamem mais Davies para bater penalidade.
Croácia e Marrocos abriram o quarto dia da Copa jogando algo que é um pouquinho diferente de futebol. Muita estratégia na teoria, colocada em prática no campo, e que raras vezes termina no objetivo principal desse esporte, que é a bola na rede. A seleção da Europa, vice-campeã mundial, que deveria ser a protagonista, encontrou grande dificuldade para superar a obediência tática dos africanos, notadamente o sistema defensivo, e o adversário apostou em um contra-ataque fatal, que não aconteceu, tornando o confronto um espetáculo efetivamente desinteressante. E que só poderia terminar em 0 a 0.
A Costa Rica é uma espécie de sparring, no boxe, ou seja, o indivíduo que se presta a ser o saco de pancadas dos pugilistas campeões. Quinze de seus 26 jogadores jogam em clubes do país. A Espanha, ao que parece foi à Copa disposta a conquistá-la. Mas, a exemplo do que ocorreu com a Inglaterra, que humilhou o Irã, é difícil fazer uma análise mais apurada, dada a fragilidade do adversário, que tomou de sete, e poderia ser de 10, se assim a Fúria não enfeitasse tanto, abusando, vez por outra, do individualismo. Se Los Ticos disputarem a Série B, do Rio de Janeiro, brigarão contra o rebaixamento.
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