Jogada10
·15 de maio de 2025
Asencio, do Real Madrid, tentou encerrar as investigações sobre vídeo sexual em fevereiro

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·15 de maio de 2025
Antes de tornar-se alvo de um processo criminal, Raúl Asencio, do Real Madrid, teve um recurso rejeitado pelo Tribunal de Instrução de San Bartolomé de Tirajana, nas Ilhas Canárias. A defesa do zagueiro solicitou, em fevereiro, o arquivamento da investigação que apura o envolvimento do defensor do Real Madrid na divulgação de um vídeo sexual envolvendo uma menor de idade. O juiz, porém, manteve aberta a via judicial contra o atleta.
Os advogados do zagueiro alegaram falta de participação direta de Asencio na gravação do conteúdo. O magistrado, porém, entendeu que havia indícios suficientes para sustentar a continuidade da apuração. Assim, o tribunal recusou o pedido de arquivamento e determinou a continuidade da apuração dos fatos.
Após concluir a fase de instrução, a Justiça espanhola formalizou um processo criminal contra o zagueiro e mais três atletas da base do Real Madrid. São eles: Andrés García, Ferrán Ruiz e Juan Rodríguez. Todos respondem por suposta gravação e divulgação de vídeos íntimos sem o consentimento das vítimas, uma delas menor de idade.
O episódio ocorreu em 15 de junho de 2023, em um clube de praia na ilha de Gran Canária. Segundo a investigação, três dos acusados mantiveram relações sexuais consensuais com duas jovens, de 16 e 18 anos. As gravações aconteceram sem autorização das envolvidas e, mesmo após o pedido para exclusão do material, os vídeos continuaram circulando entre os acusados.
Raúl Asencio, embora não tenha participado diretamente das filmagens, teria solicitado acesso ao conteúdo e repassado o material a terceiros. Diante desses elementos, o juiz responsável considerou haver fundamentos para os crimes de violação de privacidade, posse de pornografia infantil e uso de menor para fins pornográficos.
O caso ganhou repercussão após a denúncia registrada pela mãe de uma jovem de 16 anos, em setembro de 2023. À época, autoridades prenderam os envolvidos ainda no CT do Real Madrid e apreenderam seus dispositivo eletrônicos.
Laudos médicos anexados aos autos apontam que as vítimas desenvolveram transtornos compatíveis com estresse pós-traumático. A promotoria, a partir da formalização do processo, está autorizada a apresentar denúncia e solicitar abertura de julgamento. As decisões judiciais indicam que o caso seguirá nos tribunais, mesmo diante da tentativa da defesa de suspender o andamento das investigações.
O Real Madrid não emitiu comentários recentes sobre o episódio. Asencio, revelado pelas categorias de base do clube, vinha atuando com frequência sob o comando de Carlo Ancelotti até o avanço das investigações.