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·05 de julho de 2020
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Desde a criação da Premier League, em apenas três temporadas, o West Ham não esteve presente. Tradicional clube, os Hammers possuem uma torcida fiel e vez ou outra aprontam algo no certame nacional. Mas nem tudo são flores. Pressionado por bons resultados, o clube sempre contrata bastante para tentar voos maiores, apesar disso, nem todos os reforços saem como o esperado. Hoje iremos listar as piores contratações do West Ham na era Premier League.
Na temporada 2015/2016, o West Ham fazia um campeonato fora da curva e brigava por Champions League. No entanto, Andy Carroll acabou se lesionando e o clube precisava de um substituto. Foi então que apareceu Emenike. É verdade que o nigeriano não foi, de fato, contratado.
O Fenerbahçe aceitou emprestar o jogador com opção de compra ao fim do empréstimo caso Emenike agradasse. No entanto, sua passagem pelo West Ham foi um completo desastre. Sua estreia foi no dia 6 de fevereiro, quando os Hammers perderam para o Southampton por 1 a 0.
Emenike esteve em campo em 13 partidas, mas só marcou um único gol, na vitória do West Ham por 5 a 1 diante do Blackburn em partida válida pela Copa da Inglaterra. Obviamente sua passagem não agradou torcida e direção e sua opção de compra não foi efetivada e o jogador certamente não deixou saudades.
Quem também não deixou saudades no torcedor do West Ham foi o francês Alou Diarra. O jogador chegou com algum status em 2012, quando foi contratado do Marseille por 2,5 milhões de euros. Àquela altura, Diarra já tinha sido convocado pela seleção francesa e era uma grande esperança de dias melhores para os Irons.
Sua contratação foi oficialmente anunciada no dia 10 de agosto e o francês assinou por três anos. Na prática, no entanto, as coisas não saíram como o desejado. Após três partidas, o jogador sofreu uma lesão enquanto treinava. A partir daí, as coisas foram de mal a pior. Entre setembro e dezembro, Diarra não entrou em campo.
Irritado com a condução do então treinador Sam Allardyce, o jogador forçou sua saída do clube em janeiro de 2013. Diarra deu fortes declarações contra Allardyce, criticou duramente o West Ham e disse que sua transferência para o clube londrino foi uma “perda de tempo”. Foi emprestado ao Rennes e voltou ao West Ham para a temporada 2013/2014.
Mas o casamento Diarra e West Ham, de fato, não era pra dar certo. Diarra fazia sua segunda partida na temporada, contra o Cheltenham, pela Copa da Liga, quando sofreu outra lesão. O prognóstico inicial era de que o jogador perderia toda a temporada, mas o francês surpreendeu a todos e voltou a campo ainda em dezembro de 2013, contra o Tottenham.
Foi sua sexta e última partida pelo West Ham. Ao final da temporada, chegou a um acordo amigável com o clube e decidiu rescindir o contrato.
Essa é daquelas contratações que o torcedor do West Ham fica olhando tentando buscar uma explicação e até hoje simplesmente não consegue entender o porquê. Se dá pra achar um lado bom nessa contratação é que Razvan Rat não custou nada aos cofres do clube.
Chegou em maio de 2013, após longas dez temporadas no Shakhtar Donetsk. Rat assinou um contrato de um ano com o West Ham com a opção de renovação ao fim dele, no entanto, o romeno conseguiu a proeza de sequer chegar ao fim do contrato.
Rat disputou 20 partidas pelo clube e em todas foi muito abaixo do esperado, irritando os torcedores dos Hammers, que rapidamente perderam a paciência com o jogador. O resultado não poderia ter sido outro, em fevereiro de 2014, o clube rescindiu o contrato com o jogador.
Em 2011, o Anzhi Makhachkala, da Rússia, tornou-se o novo rico do futebol mundial. Jogadores de nome como Eto’o, Willian e Lassana Diarra foram jogar no clube russo. Apesar disso, em 2013/2014, o dono do clube decidiu parar de investir dinheiro para tentar revelar jogadores da Rússia.
Isso gerou uma redução de cortes e os nomes mais badalados do time foram vendidos. Eto’o e Willian, por exemplo, foram comprados pelo Chelsea. Não querendo perder a oportunidade de contratar algum jogador por um bom preço, o West Ham virou suas atenções para o Anzhi.
Foi então que em 30 de janeiro de 2014, o West Ham anunciou a contratação do marfinense Abdul Razak, na época com 21 anos, a custo zero. Razak tinha sido revelado pelas categorias de base do Manchester City e chegava como uma aposta em Londres. Mas acabou sendo aquelas apostas totalmente erradas.
Ficou no clube até abril daquele ano e foi dispensado sem nunca ter entrado em campo. Até hoje ninguém entende o motivo de sua contratação e poucos são aqueles que lembram que o marfinense já fez parte do plantel dos Hammers.
Quando despontou no Brescia, Savio Nsereko era uma promessa interessante. Nascido em Uganda, mas naturalizado alemão, o jogador frequentemente era convocado pela seleção de base da Alemanha, o que levou o West Ham a pagar a bagatela de 8,5 milhões de euros para contratá-lo em janeiro de 2009.
Nsereko assinou por quatro anos e ganhou a camisa 10. Chegou com muita moral no Boleyn Ground. E em campo toda essa moral se transformou em pura decepção. Foram dez partidas pelos Irons e nenhum gol marcado. Dessas, em apenas uma foi titular. Seis meses depois, o West Ham decidiu se desfazer de uma de suas piores contratações.
Conseguiu vender Nsereko para a Fiorentina por 6,2 milhões de euros. Um prejuízo pequeno pro que aconteceria com o jogador alguns anos depois. Em outubro de 2012, quando ainda estava vinculado ao clube italiano, Nsereko foi preso na Tailândia por forçar o próprio sequestro, tentando extorquir 25 mil euros da própria família. Isso mesmo que você leu!
West Ham forward Enner Valencia has joined Mexican side Tigres. Read more: https://t.co/WtWb1PVubZ–
Após chamar atenção na Copa do Mundo de 2014, quando marcou três gols pela seleção equatoriana, o West Ham desembolsou cerca de 12 milhões de libras para contratar Enner Valencia, do Pachuca. O jogador assinou um contrato de cinco anos.
Pouco depois da sua contratação, o jogador admitiu que praticamente não sabia nada dos Hammers, e que seu conhecimento, basicamente, se limitava ao filme “Hooligans”.
O começo do equatoriano foi conturbado e difícil. No fim de agosto, o West Ham foi eliminado da Copa da Liga pelo Sheffield United, que àquela altura disputava a League One, terceira divisão inglesa, com Valencia desperdiçando um pênalti na partida. O primeiro gol do equatoriano veio em setembro, em partida contra o Hull, pela Premier League.
Henry Winter, jornalista do The Telegraph, descreveu como um “gol excepcional”, isso porque o chute de Valencia atingiu os incríveis 98 km/h. Um petardo. O fim da primeira temporada do equatoriano deixou mais dúvidas que certezas. E o início da temporada 2015/2016 foi ainda pior.
Isso porque o jogador acabou se lesionando num jogo contra o Astra, da Romênia, em duelo válido pela fase qualificatória da Europa League. Ficou fora do plantel por seis meses e quando voltou, praticamente não tinha mais espaço. Foi emprestado para o Everton em agosto de 2016.
Pouco menos de um ano depois, em julho de 2017, ao retornar do empréstimo, o West Ham decidiu vender o jogador para o Tigres por 5,5 milhões de euros. Ao todo, foram 54 partidas pelos Hammers, apenas oito gols marcados e o gosto amargo de que ele poderia ter rendido mais no clube.
Após disputar a Copa do Mundo de 1998 pela França, ‘El Tanque’ Margas foi contratado pelo West Ham por 2,2 milhões de libras e deixou seu nome na história do West Ham. Mas não por bons motivos.
Quando se fala em Margas, o torcedor do West Ham lembra de duas coisas: do seu cabelo extravagante e colorido (não é o caso da imagem acima) e do seu sumiço. Sim, mais uma história daquelas que ninguém entende. Em 2000, após uma péssima atuação contra o Wimbledon, Margas simplesmente sumiu da Inglaterra e ninguém sabia pra onde o chileno tinha ido.
Só depois de várias semanas de seu desaparecimento foram descobrir que ele tinha voltado para o Chile. O mais bizarro é que ele voltou para Londres apenas para mostrar lealdade e, como dito acima, pintar seu cabelo das cores do clube. Em 2001, um ano depois do sumiço, anunciou sua aposentadoria para virar empresário.
Contemporâneo de Javier Margas, Titi Camara foi mais uma das tantas contratações de Harry Redknapp que deram muito errado no West Ham. Um ano antes de ser contratado, Camara, jogando então pelo Liverpool, entrou em campo um dia depois da morte do seu pai e marcou o gol da vitória dos Reds contra o…West Ham.
Redknapp então resolveu contratar o guineense por 1,5 milhões de libras. O jogador chegou dizendo o seguinte: “Eu vim para o West Ham para jogar, jogar e jogar – e marcar, marcar e marcar. Se fosse uma questão financeira, eu teria continuado no Liverpool”. Apesar da frase marcante, em campo, no entanto…não foi bem o que se viu.
Camara ficou nos Hammers de 2000 até 2003 e durante esse meio tempo entrou em campo 14 vezes e nunca marcou um único gol. Foi emprestado para o Al-Ittihad em janeiro de 2003. Ao fim da temporada, com o rebaixamento do West Ham e o fim do empréstimo ao clube saudita, o clube londrino e o jogador chegaram a uma rescisão amigável.
Certamente uma das piores contratações e talvez uma das grandes decepções recentes do West Ham. O italiano despontou em seu país natal na temporada 2014/2015, quando foi destaque do Sassuolo. Chamou a atenção da Juventus, que contratou o jogador. Porém nunca teve espaço na Velha Senhora e o West Ham viu uma grande oportunidade de mercado.
Slaven Bilic desembolsou 5 milhões de libras pelo empréstimo do atacante italiano e conseguiu um termo onde o West Ham pagaria 20 milhões de libras caso o atacante cumprisse alguns objetivos, entre eles, disputar uma certa quantidade de jogos pelo clube londrino.
Estreou com a camisa dos Hammers em setembro de 2016, na derrota pro Watford por 4 a 2. Após isso, o italiano ainda fez outras dez aparições, sendo sete pela Premier League e três pela Copa da Liga. Não marcou nenhum gol e talvez seu melhor momento no West Ham foi quando chutou a gol contra o Manchester United.
E foi justamente nessa partida contra os Red Devils que Zaza se machucou e nunca mais voltou a entrar em campo pelo West Ham. Isso porque o clube optou por encerrar o empréstimo em janeiro de 2017.
Quem também chegou em 2016 e não deixou um pingo de saudades foi Jonathan Calleri. Após se destacar no São Paulo nos primeiros seis meses de 2016, o argentino, que tinha e ainda têm seus direitos vinculados ao Maldonado, clube uruguaio de empresários.
Para contar com o argentino, o West Ham pagou 4,7 milhões de euros aos uruguaios. Chegou cercado de expectativa, principalmente por partes dos brasileiros, que viram o potencial do argentino. No entanto, na Premier League, as coisas foram bem diferentes.
Calleri não conseguiu ganhar espaço no clube londrino e passou a maior parte do tempo no banco de reservas. Entrou em campo 19 vezes e marcou um único gol, contra o Middlesbrough.
Pior: para muitos, o lance mais marcante de Calleri com a camisa do West Ham foi um gol perdido contra o Stoke City em um empate por 0 a 0. Toca no Calleri que é gol? No West Ham, não foi bem assim.