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André Gonçalves·21 de março de 2018
As origens humildes de Cristiano Ronaldo

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André Gonçalves·21 de março de 2018
Cristiano nasceu rodeado de pobreza, mas soube encontrar o caminho rumo à glória.
Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro nasceu no Funchal, às 10h20 do dia 5 de Fevereiro de 1985. Dolores Aveiro, sua mãe, dava à luz pela quarta vez e chamou Ronaldo ao filho em homenagem ao ator e presidente dos Estados Unidos da América, Ronald Reagan.
Cristiano cresceu em um meio pobre. Sua casa era feita de blocos e um telhado de zinco. Brinquedos, quase não os tinha. Felizmente a bola sempre foi mais do que suficiente para lhe colocar um sorriso na cara.
Depois de se destacar no Andorinha – clube onde seu pai trabalhou como roupeiro – e no Nacional, o jovem Cristiano de apenas 11 anos chamou a atenção do Sporting.
Na última semana de Agosto de 1997, Ronaldo arrumou toda a sua roupa em um saco e deixou para trás Santo António, um dos bairros mais pobres da ilha da Madeira. O destino, esse, viria a ser a glória.
O Sporting transformou a vida do pequeno Cristiano, que havia deixado toda a sua família na Madeira para se mudar para Lisboa. Os primeiros tempos na capital não foram fáceis para o insular. As saudades de casa aliadas ao ‘bullying’ exercido pelos colegas de escola devido ao seu forte sotaque madeirense fizeram com que Ronaldo pensasse em largar tudo e voltar para casa.
No entanto, a mãe Dolores sempre lhe disse “para seguir o sonho” e “chegar ao topo do mundo”. Os leões tudo fizeram para manter Cristiano e houve uma pessoa em particular que foi peça-chave no sucesso de Cristiano: Leonel Pontes.
O atual treinador dos húngaros do Debrecen treinava na formação de base do Sporting. Para ajudar Cristiano, o técnico (também de origem madeirense) foi nomeado tutor de Cristiano e foi quase como um pai para o pequeno craque.
Para além de apoiar Cristiano e de tentar garantir que o garoto se sentia feliz em Lisboa, Leonel Pontes também teve que repreender Ronaldo sempre que ele fazia algo de errado.
A paixão do português por videogame não é recente. Começou em uma casa de videogames mesmo ao lado do bingo do Sporting. Ronaldo e os amigos eram fanáticos por Puzzle Bubble e Daytona USA. Um dia Cristiano gastou todo o seu dinheiro em videogames e pediu mais dinheiro à sua mãe ainda a meio do mês. Dolores, desconfiada, pediu a Pontes para perceber o que se passava. O tutor rapidamente descobriu o “segredo” e proibiu Cristiano de voltar à casa de vieogame.
No Sporting, Cristiano aprendeu a respeitar o próximo, a limpar o quarto, a tratar da roupa, a jogar o lixo fora. O craque nunca foi tratado como uma estrela, embora todo o mundo soubesse que ele era especial. Antes de formar jogadores, o clube de Lisboa pretende formar homens. Com Cristiano, os leões atingiram ambos os objetivos.