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·18 de janeiro de 2022

As duas faces da moeda

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Leila Pereira assumiu a presidência do Palmeiras em uma realidade que mais parecia um sonho. A equipe havia acabado de conquistar o tricampeonato da Libertadores. Diferentemente dos rivais Flamengo e Atlético, superados na competição continental, manteve o técnico para 2022. Nas categorias de base, a valorização de uma safra repleta de bons jogadores. Fora de campo, as contas do clube devidamente arrumadas.

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Nova presidente já foi apelidada de ‘Leiga Pereira’ nas redes sociais por torcedores palmeirenses  – Arquivo Pessoal


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Sua gestão iniciou há pouco mais de um mês e, mesmo sem o time profissional jogar em 2022, o clube vive uma pressão injustificada de parcela considerável da torcida a exemplo de outros dirigentes alviverdes por uma contratação de impacto para o comando do ataque.

Postura que em nada favorece o ambiente de um elenco que precisa estar saudável em vista à proximidade da viagem para o Mundial de Clubes. A diretoria, por sua vez, reconhece a necessidade de buscar um camisa 9, mas também entende que deve aproveitar a oportunidade ideal para dar o tiro certeiro.

Na visão dos críticos, não basta um nome. É preciso que o reforço seja famoso e custe um alto valor para esbanjar diante dos principais rivais. O entendimento de que a grife é premissa básica para trazer o artilheiro se tornou um adversário inesperado em um momento deveras inoportuno.

Longe de descartar nomes para a posição, o Verdão conta com Deyverson – herói da conquista continental -, contratou Rafael Navarro e pode utilizar Rony de referência.

Enquanto isso, o Palmeiras segue no mercado da bola. E sem fronteiras.

Fez proposta por Lucas Alario ao Bayer Leverkusen, que a rejeitou. O New York City recusou oferta por Castellanos, realidade enfrentada novamente frente ao Internacional na tentativa por Yuri Alberto.

É falacioso afirmar que o Verdão desmerece contratações de peso. Mas uma realidade não pode passar despercebida. A presidente deixou claro que, em sua gestão, o clube seria administrado como uma empresa. Então, não há o que se falar em dinheiro do próprio bolso da mandatária ou então de mecenas que contratam a rodo para o clube – exemplo do Atlético-MG na temporada passada.

Quem antes pensava que Leila Pereira gastaria sem pudor, hoje se debruça com a realidade de que a investidora que outrora priorizava a valorização de sua empresa, agora deu voz à prudência de quem se tornou a presidente do Palmeiras.

Nestes últimos anos, o clube viveu sua fase mais vitoriosa sem ter precisado cometer loucuras financeiras para alcançar sucesso dentro das quatro linhas.

*As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do site Jogada10.

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