Jogada10
·17 de julho de 2025
Arthur Elias valoriza goleada do Brasil, mas detona organização da Copa América Feminina

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·17 de julho de 2025
A segunda rodada da Copa América Feminina reservou uma grande atuação para a Seleção Brasileira. Diante da Bolívia, o Brasil não teve dificuldades para golear a Bolívia por 6 a 0, com destaque para Kerolin, autora de três gols. No entanto, a Conmebol e a organização da competição foram os principais assuntos da coletiva pós-jogo.
Goleada à parte dentro de campo, a Seleção Brasileira feminina passou por um aperto antes da partida – as jogadores foram obrigadas a fazer o aquecimento em uma sala apertada do estádio. Além do contra-tempo, o Brasil também sofreu com a arbitragem, que anulou dois gols legais da equipe, além de decisões equivocadas no decorrer do jogo. Por isso, Arthur Elias desabafou após o apito final.
“Não deveríamos ter que cobrar que os responsáveis pelo futebol façam o trabalho deles, assim como as jogadoras fazem em campo e eu faço ao máximo também. A questão do aquecimento me preocupa muito porque hoje, por exemplo, tivemos uma jogadora no final do aquecimento que sentiu uma possibilidade de um problema muscular”, destacou o técnico, que emendou:
“Os acréscimos e o tempo de bola rolando são coisas que nós como futebol sul-americano precisamos ter mais cuidado para evoluir. Perguntei a árbitra qual critério para paralisar, porque a Fifa recomenda 60% de bola rolando e no primeiro tempo tivemos abaixo de 40 %. No segundo, foram 32% de posse. Isso é muito ruim para o futebol. E pode ser determinante para a classificação, porque o saldo de gols é critério de desempate. Estamos fazendo diferente da Fifa? E porque estamos fazendo?
Além de Arthur Elias, quem também aproveitou para desabafar contra a organização da Copa América foi Kerolin, a grande protagonista da partida. Autora de três dos seis gols do Brasil, a atacante reclamou da estrutura e mandou um recado para o presidente da Conmebol.
“Gostaria de aproveitar o espaço e falar que, hoje, a gente passou por uma situação muito complicada. O que a Conmebol está fazendo é ridículo. Até os jogos de várzea eram mais organizados do que está tendo. Perguntar para o Alejandro Domínguez se ele conseguiria aquecer dentro de um espaço de cinco ou dez metros e com cheiro de tinta. A gente teve o exemplo da Copa América Masculina, com uma estrutura enorme. Por que a feminina está tendo esse tipo de coisa?! Ter que dividir um espaço de dez ou quinze metros quadrados para aquecer. É algo que fica o questionamento para ele, como presidente. Acho que a gente merece coisa melhor”, finalizou.