Trivela
·02 de dezembro de 2021
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As seleções do norte da África não contam com força máxima na Copa Árabe, o evento-teste realizado no Catar um ano antes da Copa do Mundo. Com a competição sem a liberação obrigatória de atletas, sobretudo diante da Copa Africana de Nações no horizonte, as eventuais favoritas precisaram se virar sem os astros em atividade na Europa. Argélia, Egito, Marrocos e Tunísia resumem seus times a jogadores de clubes da própria região, incluindo alguns bons nomes. E a limitação não significa que o quarteto não lutará pelo título. Depois da goleada dos tunisianos nesta terça, a quarta-feira também contou com bailes de argelinos e marroquinos, enquanto os egípcios cumpriram a missão com placar mais magro.
Marrocos é talvez a equipe mais prejudicada pelos desfalques que atuam na Europa. O número de integrantes da seleção principal é diminuto no elenco que joga a Copa Árabe. Mesmo assim, os Leões do Atlas abriram o Grupo C com um 4 a 0 sobre a Palestina. O primeiro gol seria bem bonito, numa pancada de Mohamed Nahiri – também contando com a colaboração do goleiro. No segundo tempo, Abdelilah Hafidi marcou dois gols e Badr Benoun completou o chocolate cobrando pênalti.
A surpresa do Grupo C ficou por conta da derrota da Arábia Saudita, que seria favorita no torneio, mas preferiu mandar uma equipe cheia de jovens jogadores. Melhor para a Jordânia, que ganhou por 1 a 0 na estreia. Os jordanianos eram melhores, quando tiveram uma expulsão no início do segundo tempo. Mesmo assim, o triunfo surgiria pouco depois, num gol contra de Khalifa Al-Dawsari. E os sauditas também teriam sua expulsão, embora quase o empate tenha surgido nos acréscimos.
Pelo Grupo D, quem chegou com o pé na porta foi a Argélia. As principais estrelas das Raposas do Deserto não estão presentes, mas parte dos titulares jogam no Oriente Médio e reforçam a equipe na Copa Árabe. Tanto que foi tranquila a goleada por 4 a 0 sobre o Sudão. O artilheiro Baghdad Bounedjah, nome frequente também no primeiro time, marcou um belo gol para abrir a contagem. Depois, Yacine Brahimi serviu Bounedjah para mais um, em frangaço do goleiro. E Brahimi também cobrou o escanteio que permitiu o tento de Djamel Benlamri antes do intervalo. Logo na volta ao segundo tempo, num erro da defesa, Hilal Soudani concluiu o resultado. Como se não bastasse, o goleiro Raïs M’Bolhi ainda pegou um pênalti e negou o gol de honra dos sudaneses.
Já o Egito baseia seu elenco principalmente em Al Ahly e Zamalek, potências locais que vêm em bom momento. Os Faraós ganharam do Líbano, mas tiveram trabalho para anotar 1 a 0 num oponente que faz bom papel nas Eliminatórias Asiáticas. Depois de algumas chances desperdiçadas pelos egípcios, o gol saiu num pênalti convertido aos 26 do segundo tempo. Quem anotou o tento foi Mohamed Magdy, ídolo do Al Ahly e nome frequente na seleção principal. Vale ressaltar que, entre as quatro seleções de peso do norte da África, o Egito é a única dirigida por seu técnico principal – o veterano Carlos Queiroz. Tunisianos, marroquinos e argelinos são comandados por assistentes.
A segunda rodada da Copa Árabe será disputada entre sexta e sábado. Na sexta, o destaque fica para Catar x Omã pelo Grupo A e Síria x Tunísia pelo Grupo B. Já o sábado guardará Marrocos x Jordânia pelo Grupo C e Argélia x Líbano pelo Grupo D.