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·11 de novembro de 2024

Arena MRV mostra que não está apta a receber grandes decisões

Imagem do artigo:Arena MRV mostra que não está apta a receber grandes decisões

A final da Copa do Brasil terminou com festa pelo pentacampeonato do Flamengo, mas o caos e as cenas de terror protagonizados na Arena MRV também ficarão marcados. Desde o péssimo tratamento com o torcedor rubro-negro no setor visitante, até os arremessos de bombas, objetos e tentativas de invasão dos torcedores da casa.

A começar com as longas filas e caos protagonizado pelos funcionários da Arena MRV e Polícia Militar de Minas Gerais. Suposto problema nas catracas resultou em longas filas debaixo de sol e muita demora para liberar os torcedores.


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Essa situação resultou em reclamações, revolta e um grande tumulto aconteceu na entrada dos torcedores. As alegações foram que rubro-negros sem ingresso tentaram invadir o local, algo sem confirmação. E a reação da polícia foi soltar bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo, jatos d’água e mover a cavalaria para delimitar a área da torcida no lado de fora do estádio.

Até mesmo os rubro-negros que já estavam na arquibancada sentiram o efeito do gás de pimenta, como mostrou o registro do jornalista Fred Gomes, do “ge”.

Arremesso de bombas e invasão de campo

Raphael Claus relatou os arremessos de bombas no gramado e explosão perto dos jogadores, copos no gramado, laser no rosto de Rossi e invasão. Casos que devem resultar em denúncia e punições para o Atlético-MG no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). As penas podem chegar a R$ 200 mil de multa e perda de mando de campo.

O cenário de guerra começou no momento que Gonzalo Plata marcou golaço da vitória do Flamengo. Uma bomba jogada pela torcida do Atlético-MG explodiu muito próxima do autor do gol e Gabigol. A sequência foi de mais explosivos, arremessos de copos e cuspes contra os atletas. Além de invasor controlado pela segurança. A partida ficou paralisada por 7 minutos.

Pouco depois do reinício, uma bomba explodiu perto de Rossi no momento de um tiro de meta. Passados os momentos de caos e quando tudo parecia tranquilo para o Flamengo fazer a festa da taça, torcedores do Atlético fizeram nova tentativa de invadir o campo e entraram em confronto com a segurança.

Vale destacar que possui uma rede de proteção que impede que objetos sejam arremessados no campo pela torcida visitante.

Fotógrafo precisa de cirurgia após ser atingido por bomba

Um dos explosivos arremessados pela torcida do Atlético-MG atingiu o fotógrafo Nuremberg José Maria. O profissional sofreu fratura em três dedos, cortes e ruptura de tendões do pé. Segundo a Associação os Repórteres Fotográficos e Cinematográficos de Minas Gerais (ARFOC-MG), ele passou por cirurgia no Hospital João XXIII.

Em nota, a associação reforçou que a Arena MRV não possui os procedimentos necessários para garantir a segurança dos profissionais no estádio. Algo que ficou claro em todos os momentos da final da Copa do Brasil. Ainda mais na situação de Nuremberg, que precisou da ajuda de torcedores para deixar o local.

Veja a nota na íntegra:

A ARFOC-MG (Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos de Minas Gerais) vem a público expressar seu veemente repúdio aos acontecimentos na Arena MRV durante a partida entre Atlético-MG e Flamengo, válida pela final da Copa do Brasil.

Mais uma vez, os fotógrafos e todos os demais profissionais de imprensa (repórteres e cinegrafistas) que estavam trabalhando neste jogo se viram vítimas de atos violentos e covardes de torcedores do Atlético-MG. Todos, sem exceções, tiveram a integridade física ameaçada, inclusive os seguranças do estádio, que ali estavam para garantir a segurança.

Os associados da ARFOC-MG, ARFOCs Rio, São Paulo e os demais profissionais de imprensa foram atingidos por bombas, copos de cerveja, refrigerante e água, lançados por torcedores. Um dos associados teve o banco quebrado devido à explosão de uma bomba e os equipamentos danificados pela água. Outros fotógrafos também relataram a mesma situação.

O caso mais grave foi de um fotógrafo atingido por uma bomba que explodiu debaixo de seu pé. Ele precisou ser socorrido e levado para o Hospital João XXIII, onde passou por cirurgia após sofrer fraturas em três dedos, rompimento de tendões e cortes no pé.

A ARFOC-MG já havia relatado problemas dessa natureza à administração da Arena MRV, onde foi acordado que medidas de segurança seriam implementadas. Contudo, se estas foram de fato adotadas, demonstraram-se insuficientes.

A ARFOC-MG, enfim, presta solidariedade a todos os seus associados e demais profissionais de imprensa atingidos pelos atos violentos promovidos por vândalos travestidos de torcedores do Atlético-MG e cobra da ARENA MRV e do Atlético-MG medidas que assegurem e preservem a integridade física de seus associados, bem como de seus equipamentos.

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