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·24 de fevereiro de 2025

Aposentado desde 2023, Mesut Özil inicia carreira na política

Imagem do artigo:Aposentado desde 2023, Mesut Özil inicia carreira na política

O Partido da Justiça e Desenvolvimento da Turquia (AKP) nomeou Mesut Özil como membro de seu Comitê Executivo, liderado pelo presidente turco Recep Tayyip Erdogan. O anúncio ocorreu durante o VIII Congresso da AKP em Ancara, capital do país, na tarde do último domingo, 23.

Aposentado dos gramados desde 2023, o turco-alemão Özil agora assume uma função significativa dentro do partido islamita-conservador que está no poder desde 2002. A união não surpreende, visto que o ex-jogador se destaca entre os apoiadores de longa data de Erdogan – inclusive tendo-o escolhido como padrinho de seu casamento, em 2019.


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Recep Tayyip Erdogan reelegeu como líder do partido pela nona vez em Ancara, capital da Turquia. Fundado em 2021 pelo presidente atual, o AKP tem adotado medidas autoritárias nos últimos anos e o apoio de Mesut às ideias do partido colocaram sua idolatria com o público alemão em xeque, especialmente um ano antes de sua aposentadoria.

Apoio de Mesut Özil

O meio-campista se destacou como um dos principais nomes de sua geração e dos maiores do futebol alemão. Campeão do mundo pela Alemanha, o ex-jogador encerrou sua carreira em clubes turcos e usou o período para expressar abertamente e reiterar seu apoio a Erdogan.

Mesut renunciou ao passaporte turco assim que atingiu maioridade e, então, se tornou símbolo de uma Alemanha multicultural. Contudo, o fim da passagem ficou marcada por uma relação extremamente conturbada com a Associação de Futebol do país – chegando a acusá-la de racismo.

Os rumos polêmicos e controversos da carreira de Mesut começaram a ganhar tom ainda em 2018, justamente pela proximidade com o líder do AKP. Isso porque o ex-meia posou para uma foto com seu companheiro de seleção Gundogan, também de raízes turcas, ao lado do presidente Erdogan em meio à campanha de reeleição à época.

A foto ocasionou debates profundos oriundos de Berlim, que acusava Ancara de tendências cada vez mais repressivas. Mesut também passou a ser considerado uma figura ‘encoberta’ pela extrema-direita alemã e a reação negativa ao encontro levou, em última instância, à renúncia de Özil da seleção nacional.

Em 2019, ano que fez do presidente Erdogan seu padrinho de casamento, o ex-jogador se tornou alvo de diversos ataques – desde perseguição de gangues à atentados à sua residência na Inglaterra. Suspeita-se que alguns tenham relação direta com o apoio ao líder do partido turco.

Trajetória no futebol

Em suma, o ex-jogador teve uma carreira consolidada ao ponto de torná-lo um dos melhores meio-campistas de sua geração. Fez história no Real Madrid entre 2010 e 2013, mas também escreveu seu nome no Arsenal – clube que defendeu em 254 ocasiões, contribuindo com 44 gols e 75 assistências. Ainda passou por equipes como Schalke 04 e Werder Bremen, antes de despedir-se dos gramados após trajetórias pelo Fenerbahçe e Başakşehir.

O auge da carreira evidentemente veio com o título da Copa do Mundo pela Seleção da Alemanha, no Brasil. Mesut participou de mais de 600 partidas ao longo da carreira, com mais de 90 gols e 150 assistências só em ligas nacionais.

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