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·18 de janeiro de 2022

Após polêmica nas redes, relembre desentendimentos entre Leila Pereira e Paulo Nobre

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Neste final de semana, uma polêmica entre Leila Pereira e Paulo Nobre agitou as redes sociais. O ex-presidente do Palmeiras cutucou a atual mandatária do clube, que havia relembrado a temporada ruim do time em 2014, antes da chegada da Crefisa. O atrito não foi o primeiro entre as duas figuras ligadas ao Alviverde.

Em 2016, Nobre baixou uma resolução para impedir que Leila concorresse ao Conselho Deliberativo do Verdão. De acordo com ele, a presidente da Crefisa não teria os oito anos necessários para pleitear um espaço no órgão. O movimento do ex-mandatário gerou incômodo.


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“Eu sou sócia do Palmeiras desde 1996, o Paulo Nobre está cansado de saber disso, nunca questionou nada. Acho muito estranho ele alegar isso no último dia do mandato. Por que não fez isso há dois anos, quando começamos a patrocinar o Palmeiras? Por que não fez há seis meses, quando me lancei candidata ao Conselho?”, disse Leila ao Lance na época.

No mesmo dia, Leila concedeu outra entrevista e chamou Nobre de “covarde”, além de avisar que processaria o ex-presidente.

“Ele está sendo covarde, jogando essa bomba na mão do Maurício, para criar uma situação completamente desconfortável. Pelo que estou vendo, ele não gosta do Palmeiras. Se gostasse, estaria protegendo o clube. É prova de que ele não valoriza nem um pouco o patrocinador. Nunca foi homem de chegar em mim e falar: ‘Leila, você está irregular aqui’. Ele não teve hombridade de chegar em mim. É desespero dele, porque está voltando ao obscurantismo”, afirmou ao GE.

“Eu vou processar o Paulo Nobre, porque ele está dizendo que estou cometendo uma irregularidade. Ele tem que provar. Sou vítima, estou sendo acusada. Meu acusador tem que ser homem e comprovar o que está acusando”, completou.

Quatro dias antes da eleição que confirmaria o segundo mandato de Maurício Galiotte, em 2018, Nobre enviou uma carta aos sócios do Palmeiras. Dentre os diversos assuntos abordados, a relação entre clube e patrocinador máster foi questionada no texto.

A mudança de estatuto citada por Nobre foi a extensão do mandato do presidente, de dois para três anos. A alteração permitiu que Leila fosse eleita no final de 2021.

“Como você, sócio e palmeirense, se sente em ver o Palmeiras virar a imagem e semelhança da presidente da Crefisa? Você não acha estranho tanta vontade, esforço e dinheiro investido para uma campanha de mudança de estatuto para um mandato de 3 anos e assim possibilitar que a Sra. Leila já possa ser candidata a presidente em 2021? Você acha normal, por um erro ou engano de lançamento na contabilidade do patrocinador, o Palmeiras assumir R$ 120 milhões de dívida, que vieram como presente da patrocinadora? Você, sócio, já não viu esse tipo de política ser praticada antes e acabar afundando o Palmeiras na lama?”, escreveu o ex-presidente.

Em 2019, durante participação no programa Mesa Redonda, da TV Gazeta, Nobre externou a insatisfação com comportamentos de Leila e seu marido, José Roberto Lamacchia, proprietários da Crefisa, durante o seu mandato.

“Durante os dois anos em que convivi com esse casal, houve algumas situações extremamente desagradáveis, deselegantes e com uma má educação muito grande em relação ao clube. Nunca tive que externar isso porque tratei internamente, mas jamais deixei absolutamente ninguém se sobrepor ao Palmeiras”, disparou.

Paulo Nobre foi presidente do Palmeiras entre 2013 e 2016. Em sua gestão, o Verdão conquistou o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro em 2013 e, no ano seguinte, escapou do rebaixamento apenas na última rodada. Em 2015, foi o responsável por costurar o acordo com a Crefisa, que passou a ser a patrocinadora máster do clube.

Em agosto do ano passado, o contrato entre Palmeiras e Crefisa foi renovado até 2024. A extensão do vínculo foi concretizada meses antes da eleição que colocou Leila na presidência, visando a evitar um conflito de interesse.

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