Após longa procura, Boca Juniors contrata técnico vice-campeão da Libertadores pelo Lanús | OneFootball

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A procura terminou. Depois de levar um não de Tata Martino e ver uma série de nomes sendo especulados pela imprensa argentina, Juan Román Riquelme, vice-presidente do Boca Juniors, decidiu contratar Jorge Almirón, um técnico experiente de 51 anos que conquistou o Campeonato Argentino pelo Lanús em 2016 e, na temporada seguinte, levou o clube à final da Libertadores, derrotando o poderoso River Plate de Marcelo Gallardo no meio do caminho.

Segundo o Clarín, Almirón sempre esteve no radar de Riquelme. Chegou a cogitá-lo quando começou sua carreira de dirigente, mas acabou contratando o veterano Miguel Ángel Russo. Dessa vez, demorou para chegar a ele. Hugo Ibarra foi demitido duas semanas atrás, e o favorito era Martino, que não topou a proposta. Nomes como Diego Martínez, Luis Zubeldía, José Pekerman, Diego Alonso e até Luiz Felipe Scolari foram especulados antes da chegada de Almirón.

O Boca Juniors não queria mais uma experiência com ex-jogadores xeneizes relativamente inexperientes, após Ibarra e Sebastián Battaglia, seu antecessor. Almirón passou por muita coisa desde que começou carreira no México, influenciado por Ricardo La Volpe. Entre o futebol mexicano e o argentino, a lista de clubes em que trabalhou é extensa. Entre eles, está o Independiente, do qual é torcedor, além do San Lorenzo, sem grande sucesso.

O Lanús foi a sua obra prima. Conquistou o Campeonato Argentino, a Copa Bicentenário e a Supercopa da Argentina em 2016. Na temporada seguinte, fez uma campanha histórica na Libertadores. Depois de liderar o grupo de Nacional e Chapecoense, eliminou o The Strongest e o San Lorenzo, nos pênaltis, antes de encarar o River Plate. A vitória por 4 a 3 no placar agregado o levou à decisão, contra o Grêmio, que acabou se sagrando campeão.

Almirón treinou o Dorados de Sinaloa, o Veracruz, o Correcaminos e o Tijuana no México, o Atlético Nacional na Colômbia e o Al Shabab da Arábia Saudita. Teve duas rápidas passagens pelo Elche, o seu último clube. Comandou 24 jogos entre 2020 e 2021. Depois de retornar ao Lanús, reassumiu os espanhóis, com uma estadia ainda mais curta: apenas cinco partidas em cerca de um mês antes de pedir demissão no começo de novembro. Perdeu de Valladolid, Getafe e Real Madrid e arrancou empates contra Espanyol e Valencia.

“Eu tenho uma ideia, mas preciso me adaptar ao momento. Neste momento, vamos encarar o San Lorenzo, que vem bem, mas nós somos o Boca. Será um clássico. Conheço a importância deste jogo. Estou entusiasmado porque sei que temos bons jogadores. Temos que virar a página e nos prepararmos para este grande jogo na quarta-feira. Estamos todos no maior clube do país. O clube, os torcedores e todos exigem estar à altura e os jogadores sabem disso”, afirmou.

O Boca Juniors enfrenta o San Lorenzo fora de casa nesta quarta-feira e depois recebe o Estudiantes antes de fazer a sua segunda rodada da fase de grupos da Libertadores contra o Deportivo Pereira, na próxima semana. Estreou empatando por 0 a 0 com o Monagas e não está brilhando na Superliga Argentina. Somou apenas 14 pontos em dez rodadas e está a 10 do líder River Plate.