Após falar em ‘pergunta encomendada’, Eric Faria pede desculpas a Paulo Sousa | OneFootball

O jornalista Eric Faria, da TV Globo, pediu desculpas a Paulo Sousa por ter dito que a pergunta sobre Diego Alves, feita durante a coletiva de imprensa após a vitória do Flamengo na Libertadores, foi encomendada pelo próprio treinador. Na noite da última quinta-feira, no programa “Troca de Passes”, o repórter se retratou e admitiu que usou “uma expressão muito infeliz”.

Eric Faria durante o Troca de Passes – Reprodução Sportv

“Comentei sobre a pergunta que Paulo Sousa teve que responder sobre o Diego Alves após a vitória contra a Universidad Católica. Queria explicar por que o Diego Alves foi assunto. Ao abordar esse assunto, usei uma expressão muito infeliz. Foi um erro da minha parte quando falei de uma pergunta ‘encomendada’ pelo técnico Paulo Sousa. Foi uma expressão infeliz”, explicou Eric Faria.

“Inclusive, essa pergunta foi feita pelo nosso companheiro, repórter e setorista do Flamengo, o Fred Huber. Então, o Paulo Sousa pode imaginar que quando me expressei, teria feito uma acusação. Dá essa impressão? Talvez dê essa impressão mesmo. Por isso, estou me desculpando e confirmando que eu usei uma expressão mal empregada”, completou.

Eric Faria, contudo, manteve a informação de que Paulo Sousa gostaria de falar sobre Diego Alves na coletiva de imprensa. Ainda assim, voltou a frisar que o treinador não encomendou a pergunta.

“Eu tinha e mantenho a informação de que o Paulo Sousa gostaria de falar sobre o tema na entrevista coletiva. Tanto que falou bastante sobre o Diego Alves. Mas a forma como me expressei: ‘pergunta encomendada por Paulo Sousa’ foi erro da minha parte, dando a impressão de que o Paulo pessoalmente teria pedido a um repórter, até o Fred, dizendo: ‘me faz essa pergunta’. Não, isso não é verdade” , comentou Eric.

“Não tenho como eu falar isso (de que a pergunta foi encomendada). Eu não tenho nenhuma informação para falar isso, então foi um mau uso da língua portuguesa. Nota zero para mim porque eu tenho que usar bem a língua portuguesa e usei mal nesse caso. Então, eu peço desculpas a quem me acompanhou no programa e, sobretudo, ao Paulo Sousa por ter criado esse ruído de comunicação. Paulo, desculpa. Foi um mau uso de uma expressão”, concluiu.

A temperatura aumentou nos bastidores do Flamengo nesta semana – Montagem J10

ENTENDA O CASO

A temperatura começou a subir no Flamengo após as declarações de Paulo Sousa sobre Diego Alves, na coletiva de imprensa da terça-feira, dia 17. Na ocasião, o treinador contou que o goleiro disse ao diretor Bruno Spindel que poderia jogar contra a Universidad Católica. O camisa 1, cabe destacar, não treina desde 8/5, por causa de uma pubalgia.

“Diego, no jogo contra o Botafogo, fez o aquecimento e, no dia seguinte, sentiu dores no púbis um pouco dispersas, foi quando o departamento fez ressonância. Temos que confiar no gráfico, mas também temos que ouvir o jogador. Todo dia um colaborador meu fala com todos os jogadores para ter sensações, saber o nível de dores, se dormiu bem ou mal para ajustarmos o tipo de trabalho e ações”, contou Paulo Sousa.

“Ontem (segunda-feira) de manhã ele continuava a ter dores. À tarde, disse ao fisioterapeuta que estava melhorzinho, que se sentia capaz para poder treinar. Se verificarem o que são dores no púbis e o tempo de recuperação, verão que não é de um dia para outro. Ou por uma reunião que teve com o Bruno Spindel. Para jogar, tem que estar treinando. Os processos são esses. Por isso, não poderia estar relacionado”, completou o treinador.

A versão de Diego Alves, contudo, foi de que disse a Bruno Spindel que não teria condições de jogar contra a Católica. O goleiro, inclusive, publicou uma indireta no Instagram. Nos stories, ele postou uma foto de Adriano Imperador com a camisa que tinha a seguinte frase: “Que Deus perdoe essas pessoas ruins”.

Já na quinta-feira, Eric Faria comentou que a pergunta teria sido encomendada. Através de uma nota, a assessoria de Paulo Sousa negou a informação do repórter e disse cogitar levar o caso à Justiça se não houvesse uma retratação pública.

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