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·01 de dezembro de 2022

Apesar das três derrotas, Canadá deixa uma impressão muito positiva em sua primeira Copa em 36 anos

Imagem do artigo:Apesar das três derrotas, Canadá deixa uma impressão muito positiva em sua primeira Copa em 36 anos

O Canadá chegou com uma boa expectativa à Copa do Mundo, depois de uma campanha excelente nas Eliminatórias, com o primeiro lugar na Concacaf. As três derrotas no Catar podem dar a impressão que o time não esteve à altura do desafio, mas é justamente o contrário. Os canadenses deixam a sua primeira Copa em 36 anos deixando ótima impressão, com bom futebol e, mais do que isso, boas perspectivas para o futuro, com um time jovem para pensar em 2026, quando será um dos três países-sede do torneio.

Contra a Bélgica, na estreia, Canadá foi superior, conseguiu criar boas chances e até desperdiçou um pênalti. Sofreu um gol e acabou perdendo um jogo que merecia muito mais: não só o empate, mas a vitória, pelo volume de jogo que produziu. Tanto que, apesar da derrota, a expectativa ficou alta para os próximos jogos.


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“Thierry Henry me disse que este time os tirou do jogo”, disse o técnico John Herdman sobre conversa que teve com o ex-jogador, assistente técnico da Bélgica. “Aceito isso, porque se essa é a nossa base, temos ótimos quatro anos pela frente e mal posso esperar para irmos atrás disso”.

O embate com a Croácia mostrou que o time tinha boas qualidades, mas diante de uma equipe experiente e capaz de aproveitar os problemas defensivos. Foi marcante o primeiro gol da seleção canadense na história das Copas, com Alphonso Davies logo nos primeiros minutos. Foi o que ficou daquele jogo, que teve um time um pouco inexperiente e que pareceu até um pouco inocente em alguns momentos. A derrota por 4 a 1 foi pesada demais pela atuação canadense.

Veio então o último jogo. O duelo com Marrocos foi com dois tempos bem diferentes, com os marroquinos melhores na etapa inicial e os canadenses pressionando muito na etapa final. Acabou sendo uma derrota, ainda que mais uma vez com boa atuação. E boas impressões.

“Nós lutamos por um tempo”, disse Herdman. “Acho que estivemos na corda bamba por períodos nos primeiros 20 minutos, mas voltamos, nos adaptamos. Acho que mostramos resiliência para superar esse momento difícil. E nós estávamos dobrando, mas não quebramos. Nós avançamos”, continuou. “É a primeira vez em muito tempo que estamos aqui [na Copa]. Gostaríamos de ficar aqui mais tempo, com certeza. Mas nós gostamos da jornada”.

A participação termina, mas entra na história. Alphonso Davies pelo seu gol, mas não só ele. Davies, de 22 anos, tem tudo para liderar uma geração de ótimos jogadores. Stephen Eustáquio mostrou no Catar o que já mostrava no Porto, com ótimo desempenho. Aos 25 anos, tem tudo para estar na próxima Copa como uma das referências do time. Tajon Buchanan foi outro a fazer uma boa Copa, mostrar qualidades e que pode brilhar ainda mais nos próximos anos. O mesmo pode ser dito sobre o Jonathan David, de 22 anos, do Lille, que não conseguiu brilhar nesta Copa, mas já mostrou suas qualidades quando ajudou o seu clube a conquistar a Ligue 1.

Atiba Hutchinson, veterano de 39 anos, mostrou qualidades e adiciona à sua rica história como jogador e como canadense uma participação em Copa, o que é algo enorme. Vale o mesmo para Milan Borjan, canadense por adoção, que por mais que tenha falhado no terceiro jogo, deixa a sua história marcada pela seleção canadense.

O Canadá tem altas expectativas para 2026, quando sediará o evento e espera fazer bonito. O técnico falou sobre a emoção de ver muitos jovens se envolvendo na preparação e para acompanhar o torneio. “São essas crianças e essas escolas que continuarão acreditando que o Canadá é um país do futebol, porque viram aquele jogo da Bélgica, viram Davies marcar contra a Croácia e sabem que somos – eu quase disse isso, sim, somos um país do futebol. Estamos lá. E você não pode negar isso. Ninguém pode”, afirmou Herdman.

As derrotas doeram, mas a participação do Canadá tirou bons sorrisos da sua torcida. O desempenho é de chamar a atenção e de mostrar que dá para fazer mais. O time tem condições de se tornar ainda mais forte no próximo ciclo e chegarem em 2026 prontos para fazerem bonito em casa.

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