Antes da final da Copa, uma dica de livro: “O Jogo: Argentina × Inglaterra · 1986”, da Dolores Editora | OneFootball

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Trivela

·15 de dezembro de 2022

Antes da final da Copa, uma dica de livro: “O Jogo: Argentina × Inglaterra · 1986”, da Dolores Editora

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Diego Armando Maradona, depois que virou um deus dos gramados para os argentinos, viveu a Copa do Mundo de diferentes maneiras – como comentarista, como treinador, como o mais fanático dos torcedores. Entretanto, em nenhum desses Mundiais depois de sua aposentadoria a presença de Diego foi tão forte quanto neste, o primeiro em que ele não está mais em vida. Sua memória é vivíssima entre os albicelestes, como se os pegasse pela mão e conduzisse de novo no sonho de uma nova conquista. Maradona já tinha se tornado imortal há 36 anos, naquele verão mexicano em que fez de tudo, inclusive ressignificar uma guerra.

O Argentina x Inglaterra de 1986 permanece como a maior partida da história da Argentina, a partida que endeusou Diego, do Gol do Século à Mão de Deus. E esse episódio é recontado com outro olhar pela Dolores Editora, através do livro “O Jogo: Argentina × Inglaterra · 1986”, de Andrés Burgo. A ideia não é só falar de Maradona, o protagonista, mas de todos os outros personagens que circundam a história. A publicação está em pré-venda e se debruça sobre um capítulo fundamental da Argentina, no futebol e na sua identidade. Para conferir o livro, clique aqui. O preço promocional vai até 25 de dezembro. Abaixo, a sinopse.


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“Como se resgata um dia do qual já se passaram 10 mil dias, um dia que teve um único ator principal? Sem Maradona, sem seu papel avassaladoramente protagonista, não recordaríamos aquele domingo. Esta é a crônica daquela partida, protagonizada por um só jogador, mas também a crônica de uma tese coletiva: por sua própria conta, de maneira solitária e sem uma trama esportiva e social que o rodeasse — se houvesse sido tenista, se houvesse sido apátrida —, Maradona não teria construído sua lenda nesse jogo contra a Inglaterra. Esta é também a crônica dos coadjuvantes que confluíram para edificar a mitologia dessa partida. Os personagens complementares do 22 de junho de 1986, a letra miúda da epopeia, os coroinhas da missa maradoniana, configuram um longo e heterodoxo inventário formado por seus companheiros, pelos que o massagearam, pelos que lhe confeccionaram a camisa, pelo relato de Víctor Hugo Morales, por um trio arbitral desconhecido, pela lealdade dos jogadores ingleses, pela lembrança dos soldados que haviam combatido na Guerra das Malvinas. De tudo isso, de todos eles, se nutriu o último herói de calções: ele os fez seus e nos fez seu.”

O trecho acima é um dos que melhor sintetiza a essência do livro O Jogo: Argentina x Inglaterra 1986, de Andrés Burgo. Lançado originalmente em 2016, a obra tem agora a sua versão brasileira, traduzida e editada com todo o esmero pela Dolores.

Não se engane pela data, hem. Numa época já com imagens televisivas (a cores, inclusive!), de mais registros do que de Copas do Mundo anteriores, ainda há, sim, muito o que se contar.

O autor argentino prova isso ao buscar jogadores campeões daquela Copa, para confirmar histórias; mas também ao ouvir personagens secundários, até então pouco sondados, com acréscimos e até, acredite, novidades ou furos nos episódios.

Burgo compõe um quadro preciso de cada momento: do antes, do durante e do depois do jogo. Literalmente, como você verá, caminha minuto a minuto na linha cronológica do calor do dia e, ao mesmo tempo, ampara resgates de memórias e consequências definitivas, as repercussões das cenas que reverberam até hoje.

O jogo que eternizou Maradona, responsável pelos dois gols do triunfo — um com la mano de Dios e o outro “apenas” o gol do século — sobre a “entalada” Inglaterra (vitoriosa na Guerra das Malvinas), e pavimentou o caminho ao segundo título mundial da Argentina merecia mesmo um livro dedicado ao camisa 10 e aos que acompanharam aquele momento mágico.

Andrés sabia disso e colocou a mão na massa de forma brilhante. A Dolores cumpre agora sua parte e lança O Jogo para todos os que somos devotos.

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