Zerozero
·21 de fevereiro de 2025
Anselmi diz que «futuro do FC Porto está assegurado»: os números dos jovens dragões
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·21 de fevereiro de 2025
Num jogo que contou com um pouco de tudo ao longo dos 90 minutos, desde grandes (e muitos) golos a expulsões, o FC Porto acabou eliminado da Liga Europa, ao perder com a Roma (3-2). Um dos pontos que mais saltou à vista foi a quantidade de jovens com a qual os dragões acabaram o jogo, o que acabou por ser, de resto, destacado pelo técnico Martín Anselmi.
Comecemos pelos números dessa juventude portista. Olhando para os 10 jogadores que acabaram a partida pelo FC Porto - face à expulsão de Eustáquio - os elementos mais experientes, a nível de idade, eram Diogo Costa e João Mário, ambos com 25 anos, seguidos de Neuhen Pérez, Tiago Djaló e Namaso, todos com 24 anos.
A estes «experientes», por outro lado, juntavam-se nomes como Rodrigo Mora (17 anos), William Gomes (18 anos), Tomás Pérez (19 anos) - fez a estreia absoluta na equipa principal -, Samu (20 anos) e Gonçalo Borges (23 anos), o que dava uma média de 21,9 anos de idade, ainda mais baixa que os 23,83 anos de média do plantel portista inteiro.
Se essa experiência faz falta a nível interno, nas provas europeias ainda mais se faz sentir. Obviamente que os números não dizem tudo a esse respeito - afinal, até um jovem de 19 anos pode ser um líder -, mas olhemos para as equipas que garantiram a presença nos oitavos de final da Liga Europa - dados do zerozero, que têm em conta jogadores que marcaram presença em fichas de jogo do clube esta época, por exemplo.
A Roma, que eliminou este mesmo FC Porto, tem uma média de idades de 24,16 anos, e os Dragões têm mesmo uma média mais baixa do que 14 das restantes 15 equipas que avançaram para os «oitavos», superando apenas o AZ Alkmaar (23,45). Fora isso, têm uma média inferior a: Steua (26,17); Bodo Glimt (25,08); Lazio (25,44); Rangers (25,51), Athletic Bilbao (26,13); Manchester United (24,2); Tottenham (24,12), Eintracht Frankfurt (24,32); Lyon (26,49); Olympiacos (26,04); Real Sociedad (24,33); Plzen (25,1); Fenerbahçe (27,28) ou Ajax (23,95).
A experiência é algo importante no momento das grandes decisões e por algum motivo tanto se tem falado da questão da ausência de um verdadeiro líder de balneário no FC Porto esta época, alguém para segurar a equipa nos momentos mais difíceis. Não sendo certa a correlação entre sucesso desportivo e experiência, obviamente ajuda. Por exemplo, o FC Porto de 2010/11, que venceu a Liga Europa, tinha média de 24,79 anos, e o FC Porto de 2003/04, que venceu a Liga dos Campeões, tinha média de 25,29 anos.
Apesar do presente aparentar as suas dificuldades face a este contexto, Anselmi mostrou-se confiante no futuro e distribuiu elogios: «O futuro do clube está em boas mãos, está assegurado, temos jogadores muito jovens, mas muito talento. Esse talento tem de passar por mais situações como estas. Por quantas mais situações como estas passarmos, mais preparados vamos estar. Temos o desafio de voltar mais preparados, sabendo tudo o que se passou. Cada experiência destas agrega.»
«Entraram soltos, não é fácil para o Tomás [Pérez] estrear-se pelo FC Porto faltando 10 minutos no Olímpico de Roma, com um homem a menos, e teve muita personalidade para fazê-lo. William [Gomes] com a capacidade de enfrentar e ir no um a um, esteve muito bem. Rodrigo já sabemos o que é. Nesse sentido também estou contente, porque temos bons jogadores jovens em crescimento e que vão ser a realidade do clube muito em breve», concluiu.
Agora, paira no ar a habitual dúvida: terão estes jovens retorno financeiro ou desportivo no futuro? O ideal é sempre uma mistura de ambos, mas nem sempre é possível.