André Villas-Boas insatisfeito com calendário: «Muitos jogadores não queriam estar no Mundial de Clubes» | OneFootball

Na antecâmara do FC Porto - Palmeiras, André Villas-Boas, presidente do FC Porto, participou no podcast Men In Blazers e abordou vários temas sobre o Mundial de Clubes, sobre a nova organização do calendário do futebol mundial e a vantagem das equipas sul-americanas.

«Esta é uma altura difícil para os clubes europeus, há clubes que têm uma vantagem por estarem no início da época, os clubes brasileiros e argentinos, por exemplo. Estão no início, com 10 ou 15 jogos. Estão frescos», começou por dizer.

O máximo dirigente portista confessou a dificuldade sentida por ter de obrigar os jogadores a regressarem mais cedo à competição sem terem tempo suficiente para fazer o «reset necessário».

«Testámos recentemente o mercado com a janela especial para o Mundial de Clubes e foi incrível ver que muitos jogadores não queriam estar nesta competição, porque preferiam descansar para começarem a nova época frescos», atirou Villas-Boas.

A cumprir o segundo ano de presidência, o ex-treinador dos dragões falou ainda sobre o significado que o clube tem para a sua região e as suas gentes.

«O FC Porto significa a luta contra os poderes instalados, sempre foi essa a história da cidade e do clube. Algumas pessoas falam como se fosse uma espécie de síndrome de segunda cidade, mas não vemos assim, vemos valores como o orgulho pelas nossas cores», enfatizou, não sem antes rematar da seguinte forma.

«Vemos pessoas nas ruas com a camisola do FC Porto. Isso são coisas que passam de geração para geração, de avós que levam os netos ao estádio. Somos um clube de sócios, eles são os donos do clube, e isso dá-nos uma vantagem competitiva emocional muito grande.»