
Gazeta Esportiva.com
·11 de março de 2025
Análise: torcida inflama Allianz, Palmeiras cumpre dever de casa e segue em busca do tetra do Paulista

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·11 de março de 2025
Por Victória Romanelli
O Palmeiras está classificado para sua sexta final de Campeonato Paulista consecutiva. Na noite de segunda-feira, o time comandado pelo técnico Abel Ferreira venceu o São Paulo, por 1 a 0, em jogo único no Allianz Parque e carimbou a vaga na decisão. Raphael Veiga anotou o único gol do jogo.
Desde o início do jogo, o Palmeiras foi motivado pela torcida, que mostrou uma postura diferente no estádio para o Choque-Rei. Há muito tempo não se via o Allianz Parque inflamado como esteve durante essa disputa. Os mais de 38 mil presentes empurraram o time e corroboraram com a postura agressiva que teve desde o começo.
“A torcida quando quer, ajuda. Eu senti a força deles. Precisamos muito dessa força. Hoje os deu uma energia extra para buscar o sprint, mais um gás”, disse o técnico Abel Ferreira.
E, claro, a torcida presente no estádio estava ansiosa pela estreia do mais novo reforço: o esperado camisa 9, Vitor Roque. O atacante mal chegou e já assumiu a bronca de ser titular na decisão. Inicialmente, mostrou-se estar fora do ritmo do restante dos companheiros, mas logo se achou. E sua entrada se deu pela característica que o jogo pedia: atacar espaço e dar profundidade, o que Flaco López entrega menos.
Desde cedo, o Palmeiras marcou bem a saída de bola do São Paulo e tentava colocar o adversário para trás a todo custo. E essa estratégia estava funcionando bem. Aos 43, após boa pressão Rafael se atrapalhou na saída de bola, Vitor Roque disputou com Arboleda e o árbitro marcou um pênalti, polêmico e que rendeu reclamações do lado tricolor. Na cobrança, Raphael Veiga estufou a rede.
Na volta para o segundo tempo, o Tricolor tentou incomodar mais, mas, logo o Palmeiras manteve a calma, soube cumprir bem sua estratégia e comportou-se quase que perfeitamente no setor defensivo, não dando muitas brechas para o São Paulo levar muito perigo.
“Fizemos a correção do posicionamento do Vítor Roque e do momento e no timing de saltar, quer do Facundo, quer do Veiga, como fizemos na segunda parte, e sempre conseguimos fazer no timing certo. Recuperamos muitas bolas, porque cá estamos aí sim no momento que depois podia ser em transição, poder fazer o segundo gol e de uma vez por todas matar com o jogo e não tivemos essa calma necessária, esse último detalhe, o último passe, o último o último como foi o aquela transição do próprio Felipe, a transição do Veiga com o Mike, a transição do Veiga com o com o nosso Estevão. Faltou-nos matar o jogo e não conseguimos, mas na minha opinião sim, na primeira parte da pressão não foi tão consistente”, analisou Abel.
Por pouco, aos 20, o o Verdão não teve mais tranquilidade. Facundo Torres recebeu excelente passe de Vitor Roque, mas parou em defesa de Rafael. Do lado do Palmeiras, Abel Ferreira também soube fazer as mexidas certas para refrescar o time e ajustá-lo ao que o jogo pedia. Felipe Anderson saiu do banco, por exemplo, e puxou bom contra-ataque pela esquerda. No entanto, não conseguiu concluir a jogada com sucesso.
Com apenas a entrada de Vitor Roque de diferente em relação ao último jogo, o Palmeiras mostrou que está para jogo nos dois últimos confrontos eliminatórios. Se contra o São Bernardo, construiu uma vantagem maior, diante do Tricolor, soube cumprir o dever de casa, valeu-se do mando de campo e da força da torcida para jogar junto e não ter (ou ter poucas) bolas perdidas.
E nesse clima, o time se prepara para a semifinal. Diferentemente do que aconteceu nos últimos três anos em que foi finalista, dessa vez decidirá o jogo de volta. O Palmeiras, então, buscará fazer bem feito durante a semana para tentar buscar a vantagem no jogo de ida contra o Corinthians que deve acontecer no domingo.