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·23 de abril de 2025

Análise tática de LDU 0x0 Flamengo: sem ar e sem criatividade

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Na altitude de Quito-EQU, LDU e Flamengo empataram em 0 a 0 pela terceira rodada do Grupo C da Libertadores 2025, em uma partida marcada por muitos erros técnicos e poucas chances claras. O técnico Filipe Luís apostou numa estratégia já prevista: domínio de posse de bola para minimizar os efeitos da altitude.

Durante o primeiro tempo, o Flamengo realmente conseguiu controlar o jogo com mais posse, mas teve dificuldades para transformar essa superioridade em chances reais. A melhor oportunidade da etapa inicial foi com Arrascaeta, que parou nas mãos do goleiro Gonzalo Valle após boa jogada entre Gerson e Juninho.


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A LDU, por sua vez, soube aproveitar os erros de passe do meio-campo rubro-negro para encaixar contra-ataques perigosos. Com transições rápidas e lançamentos longos, chegou a assustar em finalizações com Alzugaray e Quiñónez, mas pecou na pontaria.

A equipe equatoriana também explorou os espaços deixados por Wesley e Ayrton Lucas nas laterais, obrigando a defesa rubro-negra a se desdobrar em cortes e coberturas, especialmente com boas ações de Léo Ortiz e Pulgar.

Segunda etapa mais equilibrada entre LDU e Flamengo

Na segunda etapa, Filipe Luís tentou mudar o cenário ofensivo do Flamengo com entradas de Pedro, Luiz Araújo e Everton Cebolinha. No entanto, os problemas de criação persistiram, com erros recorrentes nos passes finais e na tomada de decisão.

A chance mais clara do Mais Querido veio dos pés do Camisa 7, que arrancou do meio-campo, passou por dois marcadores e finalizou por cima, desperdiçando uma oportunidade rara de gol.

Do lado da LDU, as principais jogadas surgiram em bolas paradas e cruzamentos laterais. O atacante Estrada, que entrou no segundo tempo, teve a melhor chance do jogo aos 47 minutos, após cobrança de escanteio rápido.

Ele subiu nas costas de Wesley e cabeceou com perigo, mas mandou para fora. A equipe equatoriana ainda chegou a marcar um gol em impedimento, bem anulado pela arbitragem.

O desgaste físico causado pela altitude foi evidente na reta final da partida, especialmente no Flamengo. Ayrton Lucas, sentindo muito o ritmo, precisou ser substituído. O time se retraiu nos minutos finais, resistindo à pressão da LDU e garantindo o ponto fora de casa, apesar da queda de intensidade.

Resultado refletiu atuações dos times

Taticamente, o Flamengo apresentou uma postura mais reativa do que o habitual, condicionado pela altitude. Com a bola, a equipe teve dificuldades para acelerar o jogo, e quando o fez, esbarrou na desorganização ofensiva.

A ausência de um centroavante de referência na primeira etapa, com Juninho atuando mais móvel, não deu certo, e o time melhorou em presença de área com a entrada de Pedro, embora a criação continuasse deficiente.

Defensivamente, o time se portou bem, embora tenha sofrido com a velocidade e movimentação dos atacantes equatorianos, além de ceder muitos escanteios e bolas alçadas. Rossi teve atuação segura, fazendo defesas importantes e saindo bem nas bolas aéreas.

No fim, o 0x0 refletiu bem o que foi o jogo: um duelo travado, tenso e de baixa qualidade técnica, com um Flamengo que controlou territorialmente, mas não conseguiu transformar esse controle em perigo real, e uma LDU que teve as melhores chances, porém falhou na definição.

O empate mantém o grupo embolado e reforça a necessidade de ajustes no ataque rubro-negro para as próximas rodadas.

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