Análise: Palmeiras decepciona em volta ao Brasileirão e precisa de ajustes para sonhar alto | OneFootball

Por Victória Romanelli

O Palmeiras empatou por 1 a 1 com o Mirassol e saiu com um resultado amargo em seu retorno ao Campeonato Brasileiro. O resultado decepcionou os mais de 38 mil torcedores que compareceram ao Allianz Parque para ver o time jogar pela primeira vez desde o retorno da Copa do Mundo de Clubes. O desempenho faz o Verdão ligar o alerta para correções se quiser seguir sonhando alto na sequência da temporada.

A equipe comandada pelo técnico Abel Ferreira ainda não levantou nenhuma taça neste ano, deixando escapar o Campeonato Paulista, do qual foi vice-campeão, e a Copa do Mundo de Clubes, torneio em que acabou caindo nas quartas de final. E, se quiser dar continuidade à briga pelos três torneios restantes, o Palmeiras precisa de ajustes o mais rápido possível.

Esse foi o primeiro jogo de Palmeiras sem Estêvão. O técnico Abel Ferreira, então, definiu seu ataque com Facundo Torres pela direita, Felipe Anderson, pela esquerda, e Vitor Roque mais centralizado. Uma “surpresa” foi a escalação de Raphael Veiga entre os titulares. Mayke, substituindo o lesionado Giay, começou jogando na lateral direita.

O Palmeiras não conseguiu sufocar o Mirassol desde o início do jogo e viu o rival do interior paulista ter mais a bola no pé no primeiro tempo. Enquanto isso, o Verdão tentava sair nos contra-ataques para levar perigo à meta do Mirassol e até conseguiu, obrigando Walter a fazer pelo menos duas grandes defesas.

E, aí estava um problema que o Palmeiras enfrenta e tem grande dificuldade de resolver: a eficácia. Na primeira etapa, o Verdão conseguiu dar nove finalizações, mas sem conseguir marcar. As melhores chances foram com Vitor Roque, que perdeu boa chance de dentro da área, errando o chute, e um cabeceio à queima-roupa de Ríos.

A conversa no vestiário surtiu efeito e o Palmeiras voltou melhor para a segunda etapa, conseguindo pressionar mais o Mirassol, sem dar muitas chances. E, aos nove minutos, em uma jogada trabalhada pela direita, Ríos mandou na área, Veiga fez o pivô e tocou para trás, achanco Facundo que estufou a rede.

E, aos 26, o balde d’água fria caiu no Palmeiras com o empate do Mirassol, que teve apenas um chute a gol e três finalizações. Em uma jogada com início em bola parada, a bola foi cruzada na área e caiu nos pés de Chico da Costa, que empurrou para o gol. Weverton nada pôde fazer. As breves vaias no final refletiram como a torcida recebeu o resultado de um time que quer brigar pela taça do Brasileiro.

Abel Ferreira, na coletiva, reconheceu o desempenho abaixo e apontou as fragilidades da equipe, prometendo melhorar. O treinador volta à maratona e terá três dias para corrigir os erros antes do próximo compromisso, que será no domingo, contra o Atlético-MG. A bola rola às 17h30 (de Brasília), no Allianz Parque.

“Vamos melhorar, garanto que vamos, temos margem para isso. Mas, este jogo temos que analisar, ver quais são os aspectos positivos. Houve coisas positivas. O que nos custa mais um pouco é que depois na segunda parte não deixamos o adversário jogar, foram duas ou três vezes ao nosso gol. Ao contrário da primeira parte, conseguiu ter a bola, circular e criar dificuldades. Não conseguimos pressionar e nas vezes que lá fomos não fomos inspirados. Fizemos um gol bonito, e uma ação de jogo combinado, mas depois colocamos tudo a perder num lance de bola parada. Só nos resta trabalhar e ir a procura de soluções para suprir essas opções”, analisou Abel.