Gazeta Esportiva.com
·11 de maio de 2023
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Por Felipe Leite
Esta análise vai começar com um pedido de desculpas. Abel Ferreira recentemente afirmou que o Botafogo joga o melhor futebol do Brasil. Me perdoe, técnico português do Palmeiras, mas o dono de tal posto é o próprio Verdão — e a goleada para cima do Grêmio, por 4 a 1, corrobora isso.
O Alviverde não deu brecha para o adversário gaúcho jogar e simplesmente dominou. No primeiro tempo, faltou eficiência, é verdade — de 11 finalizações, somente uma balançou as redes. Seguindo a própria regra de Abel, de que “a cada dois chutes, precisamos marcar um”, cabe dizer que o Palmeiras não cumpriu seu propósito.
Mas a capacidade alviverde de limitar as ações ofensivas do Grêmio, ainda assim, chamou atenção. O gol de Bitello só saiu em um pombo sem asa inesperado, de fora da área, fruto de um raro lapso de atenção do meio de campo palmeirense, que abriu espaço e falhou na marcação. O time de Renato Portaluppi, claro, nada tem a ver com isso e anotou um golaço.
Só que o segundo tempo do jogo no Allianz Parque, válido pela 5ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro, tratou de corrigir qualquer tipo de injustiça. O placar apontava um empate, quando deveria já marcar uma sonora goleada do time da casa — o que aconteceu na etapa final.
Aqui, vale também destacar, e muito, Raphael Veiga. O camisa 23 voltou de lesão ainda melhor, como se isso fosse possível. Contra o Grêmio, sua maior vítima, deitou e rolou: marcou dois gols e deu a assistência para o tento de Luan, aniversariante do dia. Dominante, não existe outra palavra para definir.
Além dos dois citados no parágrafo anterior, menção a Mayke — que também fez o seu e, igualmente, deu assistência — e Dudu. Ainda que mais uma vez em branco, o ‘Baixola’ infernou a zaga do Grêmio e consagrou Gabriel Grando. O arqueiro do Tricolor gaúcho impediu aquela que poderia ser uma goleada verdadeiramente histórica na casa do Verdão.
A 10ª vitória consecutiva no Allianz Parque não poderia vir em melhor hora. O momento para construir confiança, tendo em vista a dura e desgastante sequência à frente no mês, é agora. Contra o RB Bragantino, segundo de três jogos consecutivos no Allianz, a tendência é manter o alto nível de performance — são nove gols nas duas últimas partidas, com quatro duelos seguidos com triunfo na bagagem.
Pode ser que a liderança do Brasileirão ao fim da 5ª rodada não seja definitiva — se o Botafogo vencer o Corinthians, tomará seu posto de volta. Mas a pergunta que não quer calar é: quem segura o Palmeiras de Abel Ferreira?