
Gazeta Esportiva.com
·14 de abril de 2025
Análise: Neymar volta, mas não salva Santos de atuação pobre e derrota no apagar das luzes

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·14 de abril de 2025
Por Victória Romanelli
O Santos manteve o jejum e segue sem vencer o Campeonato Brasileiro. Na noite de domingo, o Peixe perdeu do Fluminense, por 1 a 0, com gol de Samuel Xavier. Fato é que o time comandado por Caixinha não teve um desempenho de quem buscava a vitória, mas terminou o duelo no Maracanã com requintes de crueldade com o revés decretado praticamente no último lance do jogo.
Neymar, voltando a ficar à disposição após mais de um mês, não tinha condições de jogar os 90 minutos e começou no banco de reservas, assim como Soteldo. Ambos, considerados armas importantes para o duelo, entraram no intervalo do jogo. O primeiro terminou a partida em campo, enquanto o venezuelano sentiu dores antes e precisou ser substituído.
Mas, o problema do Santos foi bem maior tendo em vista que o Fluminense também não fez um grande jogo. Contudo, com a postura durante todo o jogo, foi merecedor do resultado final. O primeiro tempo foi sem grandes emoções. O Fluminense conseguiu anular o meio-campo do Peixe e tinha mais as ações do jogo, mas quase não levou perigo ao gol de Gabriel Brazão. O Santos, quando tinha a bola, mostrava pouca criatividade e também não assustou Fábio.
Pressionado no cargo, o técnico Pedro Caixinha não hesitou em mudar no intervalo e promoveu, de cara, as entradas de Neymar, Soteldo e Deivid Washington, nas vagas de Thaciano, Rollheiser e Tiquinho Soares. A entrada de Neymar realmente deu uma cara diferente ao jogo do Santos, que passou a ter mais qualidade nos passes e melhores tomadas de decisão. Mas, o camisa 10 do Peixe acabou bem caçado em campo.
Desde antes de entrar, Neymar mostrou-se voz ativa no banco, procurando orientar os companheiros. Dentro de campo, sofreu duras faltas e acabou se irritando com a situação. Ele inclusive recebeu o primeiro cartão amarelo ao deixar o braço em disputa com Samuel Xavier, algoz do Peixe no duelo.
Gabriel Bontempo e Veron entraram ainda no decorrer do segundo tempo em busca de Caixinha encontrar soluções. Mas, nada feito. E depois de 90 minutos apáticos, o Peixe foi castigado aos 50 minutos do segundo tempo. Arias ajeitou para Samuel Xavier dentro da área, o lateral bateu com força e Escobar teve a infelicidade de desviar a bola, que foi para ângulo do gol de Brazão, sem chance de defesa.
Em ano de reconstrução, o Santos precisa encontrar soluções para encaixar o time, que não poderá depender, exclusivamente dos talentos individuais, principalmente o de Neymar. O meia, ainda, entende que falta personalidade para os jogadores assumirem a responsabilidade do jogo.
E é neste cenário que o Peixe completa, nesta segunda-feira, 113 anos de história. Pedro Caixinha segue, por enquanto, como técnico e tem como missão melhorar a dinâmica do Santos, que já na quarta-feira, volta à Vila Viva Sorte para enfrentar o Atlético-MG, às 21h30 (de Brasília), pela quarta rodada do Brasileirão.