Mundo Rubro Negro
·03 de outubro de 2024
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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) publicou análise do VAR do gol de Gabigol anulado por impedimento em Flamengo x Corinthians, nesta quarta-feira (2), pela ida da semifinal da Copa do Brasil. Mas se o objetivo era elucidar uma possível decisão correta da arbitragem, a publicação da entidade só aumentou os questionamentos sobre o lance.
A começar pela linha traçada por Rodolpho Toski Marques (PR), que segue sendo impossível afirmar que o árbitro de vídeo posicionou corretamente no ombro de Gabriel. Além de parecer errada em relação à posição do atleta no campo, pois deveria estar mais próxima ao corpo do atacante. Com a péssima qualidade de imagem, característica do VAR, vale destacar, o árbitro ainda confirma “estamos na linha do ombro”.
Mas a análise instaurou uma nova dúvida: o frame do cruzamento de Alex Sandro. Demonstrando uma dificuldade tremenda com a tecnologia, o responsável por congelar a imagem não consegue mostrar o lance de maneira limpa. Entre os dois frames em que ele transita, o primeiro mostra momento que o lateral ainda não tinha contato com a bola, enquanto o segundo e escolhido para a análise parece mostrar momento após o primeiro contato.
Além disso, a CBF decidiu não divulgar a análise do lance de pênalti para o Flamengo no início do primeiro tempo. Bruno Henrique cabeceou e a bola bateu nos braços de Héctor Henández, que mesmo de costas estava com ambos os braços bem abertos.
Houve muita reclamação no campo, e a transmissão mostrou o árbitro Wilton Pereira Sampaio confirmando que o lance estava em revisão. Mas a entidade optou por não mostrar o debate dentro da cabine no momento do lance.
Ex-árbitro e hoje comentarista de arbitragem do Grupo Globo, PC Oliveira entende que Wilton Pereira Sampaio e o VAR erraram ao não marcar pênalti em Flamengo x Corinthians. Mais um agravante para a não divulgação da análise do toque de mão.
“O Héctor perde o tempo da bola. Aí a ação de disputa está entre o Bruno Henrique e o Félix Torres. No momento em que a bola é cabeceada, o Héctor está com o braço aberto, na minha avaliação ampliando o espaço do corpo… ele assumiu o risco da bola bater no braço, e para mim, isto é pênalti”, disse o comentarista.
Marcos Braz e Bruno Spindel detonaram a atuação de Wilton Pereira Sampaio e o VAR de Flamengo x Corinthians. O vice de futebol chamou a arbitragem de “vergonhosa”, enquanto o diretor-executivo usou lance de outra partida para reclamar do pênalti.
“Vem todo mundo pressionado para cá e é essa arbitragem aí. É feio para o futebol brasileiro. Estão botando o futebol brasileiro em um norte vergonhoso em relação à arbitragem. Mas ninguém faz nada. A pior coisa do mundo é começar a perder os critérios. Foi o que aconteceu. Arbitragem vergonhosa ninguém aguenta mais e não sabemos onde vai parar”, disse Braz, pouco depois da reclamação de Spindel:
“A arbitragem brasileira não tem critério. O lance foi igual ao de São Paulo e Botafogo (pela Libertadores). Você vai ver que vai rolar um lance idêntico, com o mesmo árbitro ou o mesmo VAR, e vão dar o pênalti”, comentou o diretor.
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