Análise: ‘Dinizismo’ encara dificuldades inegáveis, mas bola parada vira trunfo do Brasil contra o Peru | OneFootball

Por Felipe Leite

A seleção peruana representava um desafio muito maior do que a Bolívia. Isso era evidente para todo mundo antes mesmo da bola rolar.

Ainda que tenha vencido por 1 a 0, a atuação do Brasil no Estádio Nacional, em Lima, não representa uma unanimidade.

Sim, a ‘Amarelinha’ teve mais posse (61%), chutou mais (9 a 5) e controlou o ritmo ofensivo do confronto. Trocava passes rondando a área e a marcação mostrava-se um empecilho forte. Os números não mentem e apontam para um desempenho razoável, mas as situações de jogo não necessariamente têm avaliação positiva.

Os conceitos do ‘Dinizismo’ estavam lá, desde o início, assim como foi contra a Bolívia. Mas faltou arriscar mais. Faltou ao técnico, também, mais rapidez para efetuar alterações na disposição tática.

A partida contra o Peru exemplificou aquele que promete ser o maior desafio de Diniz no comando da Seleção. Afinal, como impor o estilo de jogo único em um contexto competitivo maior, que não permite tanto espaço e treinos para tal?

Dessa vez, a bola parada ‘livrou a cara’ do Brasil. Mas dá para contar com isso em toda partida?

Foi, sim, um embate de muitos erros por parte da ‘Amarelinha’. O inegável controle da ‘peleja’ não necessariamente significa em atuação louvável.

Ainda assim, também não dá para negar a importância do triunfo para a sequência do trabalho. Há um trabalho, sim — e a partida contra a seleção peruana corroborou as marcas claras do comandante do Fluminense na Seleção.

Paciência é necessária. E é mais fácil de ter quando se vence.