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·05 de outubro de 2022

Análise: Corinthians mostra nova instabilidade em momento crucial da temporada

Imagem do artigo:Análise: Corinthians mostra nova instabilidade em momento crucial da temporada

Por Marina Bufon

O Corinthians, aproximando-se da sua única possibilidade de título na temporada, apresenta uma nova instabilidade em seu jogo. Depois das vitórias sobre Atlético-GO e Cuiabá, que apresentaram determinados momentos de baixa enquanto corriam os cronômetros, a equipe apenas empatou com o lanterna Juventude por 2 a 2, na noite da última terça-feira.


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Um ponto a ser considerado (e que não deveria ser assim tão essencial): os dois triunfos aconteceram na Neo Química Arena e a igualdade no placar foi fora de casa. Para quem deseja estar no G4 do Campeonato Brasileiro e/ou conquistar um título no ano, é impossível jogar de uma maneira em seus domínios e de outra totalmente diferente fora deles (isso está repetitivo, mas é um fato).

Assumindo o que considera uma gestão de elenco eficiente (e eu também), Vítor Pereira colocou em campo uma formação que me agradou, com um meio-campo formado por Du Queiroz, Renato Augusto e Giuliano, já que Fausto estava suspenso. Bruno Méndez na lateral direita, para dar descanso a Fagner, foi uma saída melhor que Robson também.

No entanto, nos primeiros dez minutos, o que se viu foi um Juventude muito forte ofensivamente, destilando investidas contra uma equipe que ainda tentava se encontrar dentro de campo – algo muito parecido com o que aconteceu contra Dragão e Dourado nos dois jogos passados.

Parece que há uma falta de ritmo nos inícios dos jogos (ou dos tempos), não física, mas mental, algo como “pegar no tranco”. No caso do jogo da última terça, para além disso, parecia, também, um pouco de “salto alto”, um pensamento de que era possível ganhar a qualquer momento do lanterna do Brasileirão. O Corinthians não se pode dar esse luxo.

E não foi o caso, aliás, seja por mérito do próprio Juventude, que demitiu o técnico Umberto Louzer no final de semana e estava sob comando do interino Lucas Zanella, seja por demérito do clube paulista.

Falando brevemente do Ju, acredito que o torcedor tenha ficado um tanto quanto irritado: por que a equipe não jogou assim em, pelo menos, metade dos duelos que disputou? Certamente não estaria na última colocação se assim o fizesse.

Agora, para além dos erros individuais (e inadmissíveis) de Raul Gustavo e Gustavo Silva, o time todo estava em uma rotação muito abaixo do aguardado, ainda que contra uma equipe mais frágil e última colocada da tabela.

Faltou uma série de “dades”: agressividade, objetividade, intensidade (como pontuou VP na coletiva), mas uma outra também, a meu ver: vontade.

Para além disso, as transições (defensiva e ofensiva) estavam extremamente lentas, com erros crassos que demonstravam clara falta de atenção (ou, até, interesse) no jogo.

É claro que isso pode ter relação com uma série de pontos. Além dos já falados (o pensamento de poder “vencer a qualquer momento” ou a fragilidade do adversário), talvez um importantíssimo esteja pesando: a aproximação das finais da Copa do Brasil.

Apesar de os atletas serem treinados, de estarem focados sempre no compromisso seguinte, é impossível que o fato não esteja atropelando a atenção do Brasileirão. Não se pode e não se deve perder os dois pontos que foram perdidos contra o Juventude, ainda mais quando uma vice-liderança está em jogo.

A equipe permaneceu no G4, com 51 pontos, mas pode ser ultrapassada pelo Flamengo caso os cariocas vençam o Internacional nesta quarta. Se o Corinthians tivesse vencido e o duelo do Maracanã terminar empatado, o clube paulista dormiria na vice-liderança após a 30ª rodada, com muito mais moral (ainda que com uma atuação aquém) para a sequência que vem a seguir.

Os dois próximos jogos do Timão acontecem na Arena, para alívio do torcedor. O primeiro será contra Athletico-PR, no sábado, às 21h (de Brasília), pela 31ª rodada. Depois, será a vez de receber o Fla, pela ida da final da Copa do Brasil, na quarta-feira, às 21h30 (de Brasília).

No entanto, pensando na outra semana, a preocupação retorna, já que os dois duelos subsequentes serão fora: contra o Goiás, na Serrinha, quando provavelmente terá que seguir na luta por sua permanência no G4, e na volta da decisão da Copa, contra o Flamengo, no Maracanã. Valendo título – e, se não vencer, como estará o Campeonato Brasileiro na história?

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