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·18 de abril de 2024

Análise: coletivo fraco faz São Paulo depender exclusivamente da individualidade de seus atletas

Imagem do artigo:Análise: coletivo fraco faz São Paulo depender exclusivamente da individualidade de seus atletas

Marcelo Baseggio

O São Paulo amargou mais uma derrota na temporada nesta quarta-feira ao ser superado pelo Flamengo, no Maracanã, por 2 a 1, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro. O Tricolor ainda não venceu na competição por pontos corridos, também amargou o revés em sua estreia na Libertadores e foi eliminado precocemente nas quartas de final do Campeonato Paulista. E muito disso se deve ao coletivo enfraquecido, levando a equipe a depender exclusivamente da individualidade de seus atletas.


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Em poucos meses, o ponto forte do São Paulo desapareceu. O Tricolor conquistou o título inédito da Copa do Brasil no ano passado, derrotando rivais mais fortes, como Palmeiras e Flamengo, muito por causa da força coletiva que o técnico Dorival Júnior conseguiu implementar durante seu período à frente da equipe.

Mesmo não tendo muitos jogadores acima da média, o São Paulo mostrou que um time organizado, ciente de suas obrigações e bem treinado, pode, sim, fazer frente a adversários com elencos mais qualificados. Mas, com Carpini, tudo isso se desfez.

É verdade que o São Paulo vem lidando com muitos desfalques neste início de temporada. Atualmente são seis atletas fora de ação: Rafinha, Lucas, Wellington Rato, James, Luiz Gustavo e Moreira. Porém, ainda assim, o Tricolor poderia mostrar mais taticamente, aspecto que não depende tanto da qualidade do elenco, mas, sim, do trabalho conduzido pela comissão técnica.

Thiago Carpini tem batido muito na tecla dos desfalques por lesão nesta temporada. De fato, o São Paulo precisa rever alguns métodos do Departamento Médico, mas apontar os problemas físicos como o único motivo para a queda de desempenho do time só confirma o quanto que o trabalho do atual treinador depende da individualidade de seus principais atletas, mesmo contando com um elenco numeroso e, sobretudo, talentoso.

Dizer que falta repertório ao São Paulo é chover no molhado. O time tem enfrentado uma dificuldade imensa de chegar ao gol adversário, apelando constantemente para bolas alçadas na área na esperança de Jonathan Calleri ganhar a disputa com os zagueiros e achar um gol. Muito pouco para um clube que é o atual campeão da Copa do Brasil.

É verdade que neste ano o São Paulo foi campeão da Supercopa Rei em cima do Palmeiras com Carpini no banco de reservas. O treinador também participou da quebra do incômodo tabu em Itaquera contra o Corinthians. Só que tudo isso faz parte do passado, e as glórias do Tricolor sob o comando do técnico de 39 anos não continuaram.

Futebol é resultado. Desde que Julio Casares assumiu a presidência do São Paulo, o clube se caracterizou por dar sequência a todos os seus treinadores, mesmo em maio a fases ruins. Foi assim com Crespo, Rogério Ceni e Dorival Júnior. Thiago Carpini, por sua vez, tem se esforçado para quebrar essa “cultura”.

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