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·18 de maio de 2024

Alvalade pleno

Imagem do artigo:Alvalade pleno

Após 34 jogos, a histórica campanha do Sporting nesta edição da Liga Portugal Betclic chegou, oficialmente, ao fim. 29 vitórias e três empates permitiram a soma de 90 pontos, um máximo na história do clube - menos um que o recorde geral, do FC Porto -, e a conquista do 20º título de campeão nacional, celebrado nesta tarde de sábado com o pleno de vitórias caseiras: 17 em 17!

E foi mesmo isso que se viveu em Alvalade, uma enorme festa! Sorrisos rasgados, despedidas sentidas e uma notável comunhão entre plantel e bancadas, numa tarde em que também se olhou para o futuro: foi estreada a nova (e polémica) camisola principal, assim como preparada a final da Taça de Portugal. E para quem tem os olhos na dobradinha, nada como fechar o campeonato com uma vitória por 3-0, daquelas sem espinhas.


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Do outro lado das trincheiras esteve o contraste perfeito para um campeão em festa. O GD Chaves, último classificado, entrou em campo já despromovido. Tinha como único objetivo despedir-se da Liga com a cabeça erguida, quiçá criar o primeiro escorregão caseiro do Sporting, mas, como tantos outros objetivos em 2023/24, esse ficou por cumprir.

O sueco mostra o caminho

A entrada das equipas no relvado foi um dos momentos mais marcantes do confronto. Os flavienses entraram primeiro, organizando-se para a guarda de honra que fizeram, instantes depois, à equipa do Sporting. Os leões vestiam a nova camisola, que será, apesar do domínio do preto, o manto principal da próxima temporada. Essa escolha foi assobiada por muitos dos adeptos que, simultaneamente, abanaram cartazes.

O primeiro grito de golo chegou após 23 minutos e duas visitas do árbitro ao ecrã do VAR. No primeiro lance, que já chegou depois de um cabeceamento de Inácio ao ferro, Manuel Oliveira não entendeu que houvesse falta sobre Trincão, mas mais tarde houve mão de Guima e Viktor Gyökeres teve a oportunidade de abrir a contagem via grande penalidade. Não desperdiçou.

Volvido um quarto de hora chegou o bis do sueco, que aproveitou o passe de Esgaio para rodar sobre um defesa e finalizar da melhor forma uma bela jogada ofensiva do Sporting. O tipo de jogada que leva a que seja quase unânime a consideração desta como a melhor equipa da Liga nos últimos 10 meses!

Antes do intervalo, Gyökeres ainda celebrou o hat-trick e golo 30 na Liga, mas nova intervenção do VAR levou a que esse tento fosse invalidado por falta de Coates. O que parecia ser a primeira boa notícia da tarde para Moreno Teixeira no banco do GD Chaves rapidamente deixou de o ser, já que na bola parada consequente Júnior Pius, que já tinha sido expulso contra o FC Porto no seu último jogo, viu o vermelho por agressão a Hjulmand.

Campanha perfeita com fim perfeito

Com medo de uma goleada que deixasse os transmontanos num estado anímico ainda pior, o treinador visitante foi forçado a mexer ao intervalo. Bruno Rodrigues, Sandro Cruz e João Correia entraram para solidificar a equipa e o impacto foi imediato, com duas boas oportunidades em sucessão. O problema foi que, ao mesmo tempo, Amorim lançou Paulinho e este não tardou a mostrar os dentes...

Foi um bom golo do avançado, que finalizou em vólei mais um lance de muita qualidade. A jogada começou num excelente passe de Luís Neto que, curiosamente, aproveitou a seguinte paragem no jogo para ser substituído e recolher todos os (muitos) aplausos que o estádio tinha para lhe dar em tarde de despedida.

Até ao final, com menor ritmo, destaque para a festa das claques que, com muita pirotecnia, animaram o relvado e obrigaram mesmo a parar tal era o fumo. Os leões ainda procuraram oferecer o terceiro golo ao avançado sueco e as oportunidades até foram aparecendo. Porém, a festa estava mesmo fechada no que diz respeito aos golos.

O final de jogo ficou ainda marcado por uma situação que descreve da melhor forma a essência do goleador-mor deste campeonato. O árbitro deu dois minutos de descontos e não compensou uma lesão, de forma perfeitamente normal. Mal apareceu o apito final, Viktor Gyökeres correu na direção do árbitro para protestar. Queira mais tempo, para ainda tentar o terceiro golo.

Foi uma festa, uma exibição e um resultado digno de uma despedida plena de vitórias em Alvalade. Agora, segue-se a Taça. Para o Chaves... segue-se a II Liga.

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