Alma, espírito e um coração cheio de amor pelo Corinthians: 12 anos sem Idário, o ‘Deus da Raça’ | OneFootball

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·18 de setembro de 2021

Alma, espírito e um coração cheio de amor pelo Corinthians: 12 anos sem Idário, o ‘Deus da Raça’

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  1. Por Nágela Gaia/Redação da Central do Timão

Apelidado de “Sangue Azul”, “Sangre” ou ainda “Espanhol”, Idário faleceu na manhã de 18 de setembro de 2009

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Foto arquivo Corinthians


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Há 12 anos, perto do horário do almoço, a Fiel foi surpreendida pela morte. Idário Sanches Peinado, ou simplesmente Idário, o Deus da Raça, aos 82 anos, estava internado em um hospital na cidade de Santos para tratar problemas respiratórios, onde acabou falecendo nas últimas horas daquela manhã.

Lateral-direito que defendeu as cores do clube entre 1949 e 1959, participou de 469 partidas pelo Corinthians. Considerado pela torcida como um verdadeiro “Deus da raça”, o jogador ajudou o clube a conquistar um dos títulos mais importantes de sua história: o Paulista de 1954 em cima do Palmeiras, eternizado como o título do IV Centenário.

Na galeria de títulos de Idário ainda constam os Estaduais de 1951 e 1952, além dos Torneios Rio-São Paulo de 1950, 1953 e 1954. Nos dez anos em que defendeu o Corinthians, marcou poucos gols: seis.

Mas, para o corinthiano, falar de Idário é falar de amor. Amor puro, desinteressado (sempre dizia que, se pudesse, pagaria para jogar no Corinthians), vindo do antigo Terrão e jogando do jeito que a fiel gosta, “o Deus da raça” era a valentia e a raça da fiel dentro de campo.

Idário subiu dos aspirantes com outros grandes jogadores de sua época (Luizinho e Roberto Belangero, entre outros). Não era um jogador habilidoso. Mas para a Fiel, sempre foi um jogador que não perdia os confrontos com os grandes ponta esquerdas da época (Pepe do Santos, por exemplo).

“Pega ele, Idário!”, a Fiel gritava e lá ia o camisa 4 pegar. Pegava a bola ou o jogador, mas pegava. Para os adversários, ele era um jogador violento, mas para a Fiel, era um herói, um Deus da Raça que por muitas vezes escondeu ferimentos nas pernas (devido ao seu estilo de jogo) para entrar em campo e defender com a mesma vontade de sempre, o seu Corinthians.

Ao lado de Goiano e de Roberto Belangero, formou a lendária linha média campeã paulista do IV Centenário, em 1954 e de tantos outros títulos no início da década de 1950.

Da forma que amava o Corinthians, Idário era amado pela Fiel Torcida. Em seus últimos anos de vida, um grupo de torcedores descobriu que ele e a esposa passavam por dificuldades e se mobilizaram para ajudá-los. O Dr. Osmar de Oliveira, grande amigo, tratava o problema no joelho de Idário, e os torcedores conseguiram que o Corinthians passasse a pagar seus medicamentos. Veja no link https://larissabeppler.wordpress.com/2008/06/15/um-idolo-precisando-da-nacao/

Dedicou tanto amor ao Corinthians, que se emocionava e chorava nas entrevistas quando falava do clube. Em 2008, pouco antes de sua morte, a equipe do “Loucos por ti” entrevistou Idário e a Combofilmes produziu, com essa entrevista, um dos filmes que mais emocionam o torcedor.

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Na lápide de seu túmulo, uma placa feita por torcedores do Corinthians, como homenagem, com a frase que Idário sempre repetia: “Nasci e morro corinthiano. O Corinthians foi, sem sombra de dúvidas, minha vida”. (Créditos perfil timaomemoria/instagram)

Que a alma, o espírito e o coração de Idário estejam sempre em campo com cada jogador do Corinthians que ele amou pela vida inteira.

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