Deus me Dibre
·27 de outubro de 2024
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Após a derrota do Cruzeiro por 3 a 0 para o Athletico-PR, na 31ª rodada do Campeonato Brasileiro, Alexandre Mattos, CEO do clube, falou sobre a fase crítica que o time atravessa. Com seis jogos sem vencer e uma sequência de resultados ruins tanto no Brasileirão quanto na Copa Sul-Americana, o dirigente comentou o desempenho recente, o comportamento de atletas e o trabalho de reformulação que tem sido desenvolvido para devolver ao Cruzeiro um perfil vencedor.
A entrevista de Mattos começou com uma dura crítica ao atacante Rafael Silva, que foi punido após uma atitude considerada inaceitável pelo CEO – o atacante foi expulso aos 5 segundos de jogo, após tentar desferir uma cotovelada no adversário.
“Desculpem a demora. Dizer pro nosso torcedor que, primeiramente sobre o Rafa Silva, inadmissível o que aconteceu. Essa gestão encabeçada pelo Pedro Lourenço não aceita esse tipo de situação. O Rafa já foi comunicado de uma multa severa. Multado e depois a gente vai aguardar pra ver os próximos passos em relação a isso. Isso já foi dito no vestário. Acima de tudo, o Cruzeiro é um clube sério, que cumpre com o combinado e exige muito, acima de tudo, um profissionalismo impecável. Então a gente não concorda de maneira nenhuma com a atitude e o Rafael foi severamente multado.”
Mattos também pontuou que, desde que assumiu o cargo, ainda não alcançou o patamar desejado, mas garantiu que a reestruturação envolve a mudança de mentalidade que marcou o clube nos últimos anos, período em que a equipe lutava para se manter financeiramente e esportivamente. “A maior dificuldade nossa é tirar de lá de dentro o pensamento que vem de 2019, 20, 21, 22, 23, que foi um Cruzeiro não participando dos principais campeonatos, não sendo protagonista. E tirar isso não é fácil, demanda tempo”, destacou.
Um ponto importante abordado pelo dirigente foi a necessidade de resgatar a identidade histórica do Cruzeiro. Segundo Mattos, a Toca da Raposa apresentava apenas o troféu da Série B, o que não condizia com o passado vitorioso do clube. “Com todo respeito do mundo, pedimos pra guardar e colocamos o troféu de Libertadores, Brasileiro, Copa do Brasil. É o Cruzeiro que nós vamos chegar”, afirmou.
Mattos defendeu o trabalho do técnico Fernando Diniz, contratado com a missão de resgatar o espírito competitivo e o “brio” do Cruzeiro, e pediu paciência à torcida no processo de reconstrução.
“Teve cobrança interna, forte, trouxemos um treinador que tem isso enraizado nele. por isso a escolha do Diniz. Todos os projetos hoje dominando o cenário, demandaram tempo e investimento. Sei que a torcida do Cruzeiro é uma das poucas do mundo que não precisa de sinalizador, que consegue inflamar um estádio no canto. Estamos exorcizando dentro do clube.”
Em um tom de autocrítica, Mattos reconheceu a insatisfação com o desempenho recente, mas reforçou o compromisso com a responsabilidade e a continuidade do trabalho: “O que eu posso falar é que nós não estamos satisfeitos com nada do que está acontecendo. Quarta-feira vamos ganhar, vamos passar e vou continuar insatisfeito. Desses anos todos que eu tô, é natural que a gente espera oscilações e o que a gente tem que fazer é trabalhar. Fechar a boca e trabalhar. Entender e assumir responsabilidades, aprender com os erros.”
Para o CEO, a base para o sucesso está na oferta de condições estruturais adequadas, pontuando a importância de salários em dia e uma boa estrutura de treinos para que a cobrança seja legítima e fundamentada. Mattos concluiu reforçando que entende a expectativa e a cobrança da torcida, mas pediu mais uma vez paciência para que os ajustes necessários sejam implementados no clube: “Continue cobrando, perguntando, exigindo melhor, e é isso que nós vamos fazer.”
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