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·22 de abril de 2020
Alex, Petkovic, Denílson e mais: relembre o Flamengo 'galáctico' que deixou a desejar

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·22 de abril de 2020
O torcedor mais feliz do Brasil nos últimos meses é o do Flamengo. Afinal de contas, o clube carioca emplacou as conquistas de Brasileirão e Libertadores em 2019 e começou 2020 a todo o vapor – até a paralização dos jogos por causa da pandemia do novo coronavírus.
Além do excelente trabalho feito por Jorge Jesus, o Fla conta com uma larga opção de bons nomes. Mas contar com grandes peças nem sempre levou o Rubro-Negro a lugares tão altos quanto se esperava, e o time de 2000 deixa isso evidente.
Na época, o Clube da Gávea já contava com bons nomes desde a “SeleFla” de 1998. A temporada 2000 começou prometendo, com as chegadas de Petkovic, o volante Mozart (que na época era convocado para a seleção olímpica) e o atacante Tuta.
O time conquistou o Campeonato Carioca e a expectativa não poderia ser maior. Afinal de contas, outras grandes contratações chegariam para a disputa do Brasileirão – competição que o Fla não conquistava desde 1992.
A equipe já tinha nomes como Iranildo, Juan, Leandro Ávila, Beto, além de jovens revelações como Adriano, Athirson e o goleiro Júlio César – Clemer era o titular. Some aos reforços já citados acima as chegadas de nomes como Alex, Denílson e Vampeta.
O elenco era recheado de muitos dos melhores futebolistas que estavam no país. Entretanto, não deu liga: a equipe ficou apenas em 15º no Brasileirão (rebatizado especialmente como Copa João Havelange, que seria vencido pelo Vasco) e sequer se classificou para o mata-mata. Para piorar, viu o clima entre diretoria e jogadores azedar.
Alex, por exemplo, revelou recentemente para a ESPN que tirou dinheiro do próprio bolso para deixar o clube: “Nós entramos no período de férias, e o Flamengo ia começar a organizar o time de 2001. Aí vem a parte mais louca: eu fui jogador do Flamengo em agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro de 2000, ia dar cinco meses e o Flamengo não tinha me pago nada nesse período”, disse.
“Aí vem a parte mais louca da história: o Flamengo me devia cinco meses de contrato, e o presidente (Edmundo dos Santos Silva) falou: ‘Eu te libero se você abrir mão de R$ 100 mil’. Eu falei: ‘Está bem, presidente. Não foi bom para vocês e nem para mim, as coisas não deram certo e eu abro mão’. Rescindi o contrato com o Flamengo, voltei a ser jogador do Parma, que me emprestou para o Palmeiras”, completou.
Outra frase daquela época que entrou para a história foi dita por Vampeta: “eles fingem que me pagam e eu finjo que jogo”, chegou a falar o volante.
Como um timaço, levando em conta as peças, não deu certo? O testemunho dado por Alex e a frase histórica de Vampeta ajudam a explicar, e em live feita para a conta da Goal Brasil, no Instagram, o ex-lateral Athirson reconheceu que faltou paciência e estrutura para aquele Flamengo de 2000 dar certo.
“Não é que deu errado, é que não tinha organização e o futebol precisa de organização”, disse Athirson.
“Eu lembro que o Alex ficou no banco alguns jogos, um cara que é genial... e ficou no banco (...) O clube precisava ser profissional da forma como é hoje”, completou.