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·01 de julho de 2018
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·01 de julho de 2018
A Rússia fez o seu "milagre" na Copa do Mundo ao bater a Espanha nas penalidades neste domingo, em Moscou. Após o empate por 1 a 1, os donos da casa seguraram o resultado na prorrogação e garantiram a vaga nas quartas de final nas penalidades, por 4 a 3.
Como de costume, Cherchesov não adiantou a escalação da sua equipe para a partida, desconversando sobre como seu time iria atuar no duelo. Horas antes da bola rolar, o mistério foi desfeito, com o treinador mudando a sua equipe para encarar a Fúria.
Sabendo da superioridade técnica do rival, o treinador optou por escalar a Rússia com três zagueiros e seis homens de meio campo, deixando apenas o grandalhão Dzyuba no comando do ataque. A proposta quase veio abaixo logo aos 12 minutos, quando a Espanha cobrou falta na área e Ignashevich anotou contra.
Atrás no placar os russos tiveram que sair para o jogo, deixando o planejamento incial de lado. No entanto, sem um meio campo criativo, encontrou dificuldades para criar oportunidades, buscando a altura de Dzyuba na área como saída para buscar o gol. E foi na bola aérea que a Rússia "encontrou" o seu gol. Aos 40 minutos, a Rússia cobrou escanteio na área e após o desvio no meio da confusão, Piqué tocou com o braço na bola. Pênalti infantil cobrado com perfeição por Dzyuba, igualando o placar do jogo.
No segundo tempo os russos voltaram para o seu esquema defensivo, fechando uma primeira linha com cinco defensores e a segunda com quatro, deixando apenas um atacante flutuando na frente das linhas para apertar e puxar o contra-ataque. Mesmo sem conseguir oferecer grande perigo para De Gea, a Rússia deu a bola para a Espanha, mas não deu espaços para a troca de passes entre as linhas.
Quando exigido, Akinfeev mostrou segurança, mostrando que os erros da Copa do Mundo de 2014 haviam ficado para trás. Com um time mais leve na frente após as alterações de Cherchesov, a Rússia perdeu a sua referência para jogar por uma bola, no contra-ataque veloz pelas pontas. O gol não veio, mas a forte marcação funcionou, levando o empate até o apito final.
A prorrogação foi um teste físico para os russos que correram atrás da bola e dos espanhóis durante todo o tempo regulamentar. E o desgaste físico ficou evidente com Rodrigo encontrando espaços na marcação principalmente no segundo tempo. Ainda assim, brilhou a estrela de Akinfeev que conseguiu evitar o gol do brasileiro naturalizado espanhol em um tiro cruzado, espalmando a bola.
Na decisão dos pênaltis, o sangue frio russo entrou em campo e a estrela de Akinfeev brilhou novamente. Com duas grandes defesas e com os jogadores russos acertando todas as suas cobranças, a Rússia fez o "milagre" tão falado nas entrevistas prévias da partida: venceram a campeã mundial de 2010 em pleno solo russo. A festa foi da torcida anfitriã que agora aguarda o adversário das quartas de final.
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