Ainda sem definição, bares do Maracanã podem render milhões ao Vasco | OneFootball

Flamengo e Fluminense firmaram um acordo com o Vasco para o rival utilizar o Maracanã em datas específicas entre 2025 e 2026. Esse contrato já garante a realização dos clássicos no local com torcida dividida em 50% e também pode benéfico financeiramente para o cruzmaltino a depender do modelo para repartição de receitas.

CEO do Vasco, Carlos Amodeo concedeu entrevista nesta segunda-feira (7) e afirmou que o acordo prevê que o clube poderá explorar as receitas de camarotes e estacionamento quando for mandante no Maracanã. O dirigente garante que o clube terá condições "equitativas" com dupla Fla-Flu para mandar as partidas.

"O Vasco terá condições comerciais equitativas às condições comerciais praticadas para Flamengo e Fluminense quando atuam como um mandante. Isso se refere ao valor da alocação do estádio, à exploração de estacionamentos e exploração dos camarotes. E também terá condições operacionais diferenciadas em relação àquilo que vinha sendo praticado até então", disse.

Segundo apuração do MundoBola Flamengo, apesar do acordo para os jogos, os clubes ainda alinham a parte comercial do negócio. O Vasco pleita direitos sobre a arrecadação de camarotes, estacionamento e bares. Mas essas vendas são controladas pelo consórcio, e algumas possuem valores adiantados. É necessário, portanto, debater se é possível e como será feita a divisão.

O acordo diz os clássicos de Flamengo e Fluminense contra o Vasco serão no Maracanã em 2025 e 2026, considerando competições nacionais.  Além disso, o cruzmaltino tem o direito de solicitar mais oito partidas no estádio ao longo desses anos, quatro nesta temporada e outros quatro na seguinte.

São nesses oito partidas que o rival do Mengão pode conseguir alavancar as suas receitas. Se adquirir 100% da arrecadação dos bares quando for mandante, por exemplo, o lucro do time apenas nesse quesito pode superar a casa do milhão.

Arrecadação com os bares

O Plano de Negócios do Consórcio Fla-Flu estabelece como se dá a remuneração dos clubes com os bares, que varia de acordo com o número de torcedores por partida.

Nos jogos com até 30 mil torcedores, os bares repassam R$ 3 por torcedor ao consórcio. Entre 30 mil e 40 mil torcedores, o valor sobe para R$ 4,40. Entre 40 mil e 50 mil torcedores, R$ 4,80. E com mais de 50 mil torcedores no estádio, o valor por pessoa sobe para R$ 5,20.

Supondo que o Vasco confirme as condições "equitativas" ao mandar as suas partidas e tenha total arrecadação com os bares nos oito jogos, sem contar os clássicos. Apresentar média de 40 mil torcedores por jogo ao longo dessas oito partidas significariam R$ 1.072 milhão nos cofres do clube somente com os bares, valor que pode chegar até R$ 1.872.000 se essa média de público for de 60 mil, por exemplo.

Possível lucro do Vasco

Veja valores que o Vasco pode arrecadar com os bares do Maracanã considerando as possibilidades do acordo e as mesmas condições estabelecidas pelo Consórcio Fla-Flu.

Média de público | Valor por jogo | Total em 8 jogos

10 mil torcedores | R$ 30.000 | R$ 240.00020 mil torcedores | R$ 60.000 | R$ 480.00030 mil torcedores | R$ 90.000 | R$ 720.00040 mil torcedores | R$134.000 | R$ 1.072.00050 mil torcedores | R$ 182.000 | R$ 1.456.00060 mil torcedores | R$ 234.000 | R$ 1.872.00070 mil torcedores | R$ 286.000 | R$ 2.288.000

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