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·21 de maio de 2025

Ainda não é desta que Ruben sorri...

Imagem do artigo:Ainda não é desta que Ruben sorri...

Ainda não é desta, Ruben. O Tottenham teve uma 1ª parte de grande nível tático e conseguiu anular a criação dos red devils, o que acabou por ser suficiente - com a ajuda de uma 2ª parte onde se fechou a sete chaves - para vencer por 1-0 e, assim, conquistar a Liga Europa. Amorim «morre na praia», numa época de estreia para esquecer em Manchester.

Era o jogo do tudo ou nada para ambas as equipas. Depois de uma época trágica, Manchester United e Tottenham tentavam «salvá-la» com a conquista da Liga Europa, que daria um lugar na próxima Liga dos Campeões, mesmo com classificações para esquecer na Premier League. Do lado dos red devils, o treinador Ruben Amorim dava a titularidade aos também luso Bruno Fernandes (Diogo Dalot começava no banco).


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Intensidade a quanto obrigas

Logo ao começar o jogo, verificou-se que Bruno Fernandes surgia ao lado de Casemiro, com o objetivo de tentar controlar melhor o meio campo - vantagem numérica do Tottenham -, enquanto Mason Mount surgia mais adiantado. À imagem de Ruben Amorim, os red devils foram tentando construir a partir de trás, mas foram tendo claras dificuldades em contrariar a pressão alta (num bloco de 4x2x3x1) londrina.

Do outro lado, os Spurs estavam claramente mais intensos com bola e foram potenciando o seu ataque pelas alas, especialmente na direita, onde Pedro Porro e Brennan Johnson eram os mais ativos. No geral, os comandados de Ange Postecoglu estavam por cima, em grande parte fruto da superioridade numérica no miolo e uma pressão eficaz, mas quando essa intensidade baixou, o United conseguiu ter maior capacidade com bola - embora muito dependentes de Diallo e Dorgu - pouco apoiados - nas alas para acelerar o seu jogo.

Numa altura em que o jogo até estava na sua fase menos prolífera a nível de chances - foram muito curtas do lado do Manchester United -, o Tottenham beneficiou dessa superioridade, ganhou a bola em zona adiantada e acabou a faturar: aos 42', Sarr cruzou tenso na esquerda e, dividido com Luke Shaw, Brennan Johnson encostou para o golo inaugural.

Sem cabeça, não dá para mais

Findado o intervalo, percebeu-se rapidamente uma mudança de dinâmicas no jogo. O Tottenham baixou ligeiramente a linha e intensidade de pressão, dando mais iniciativa ao Manchester United. Com os londrinos cada vez mais recuados, os comandados de Amorim começavam por fim a ter espaço para chamar ao jogo os seus criativos e desequilibradores e isso permitia a nomes como Bruno Fernandes e Mount estarem mais subidos.

Apesar de mais desprotegido para transições - onde o Tottenham assustou -, o United aproveitou este novo contexto para crescer e criar uma série de oportunidades. Com o relógio sem parar, Amorim olhou cada vez mais para a frente e colocou em campo Garnacho e Zirkzee, para refrescar o último terço, até porque, do outro lado, o Tottenham parecia cada vez mais concentrado em fechar a sua defesa a sete chaves.

O nervoso miudinho crescia nas bancadas, especialmente do lado dos de Manchester, que não viam a equipa com capacidade criativa de desatar o nó. Como tantas vezes aconteceu ao longo da época, a certa altura, Harry Maguire abandonou a defesa e juntou-se ao ataque, para servir de referência ao jogo mais direto. Era a fase do assumido desespero.

Os últimos minutos foram um exemplo perfeito do conhecido «chuveirinho» para a área londrina, mas o Tottenham defendeu-se com tudo o que tinha e não deu espaço a reações, acabando mesmo por vencer por 1-0. Os Spurs conquistam a Liga Europa e «salvam» uma época trágica com a qualificação para a Liga dos Campeões. O United, por sua vez, confirma uma temporada para esquecer...

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