Jogada10
·13 de novembro de 2024
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Adriano Imperador está lançando a sua biografia “Meu Medo Maior” e fez questão de visitar o seu local de nascença, a favela da Vila Cruzeiro, na Zona Norte do Rio. A ida ao local onde cresceu, dessa vez, teve como motivo a entrevista para o site “The Players’ Tribune”. Assim, na conversa, o ex-atacante expôs seu problema com o alcoolismo, detalhou sua trajetória no futebol e desabafou sobre frustração.
O ex-jogador frisa que o vício com bebida se desenvolveu por não corresponder às expectativas do seu potencial em sua carreira como atleta
“Eu bebo todos os dias, sim. Por que uma pessoa como eu chega ao ponto de beber quase todos os dias? Não gosto de dar satisfação para os outros. Mas aqui vai uma. Porque não é fácil ser uma promessa que ficou em dívida. Ainda mais na minha idade”, esclareceu Adriano.
“Muita gente não sacou porque abandonei a glória dos gramados para ficar aqui sentado bebendo, em aparente deriva. Porque, em algum momento, eu quis, e é o tipo de decisão difícil de voltar atrás”, complementou o ex-atacante.
O ex-jogador ainda detalhou a conexão com a favela onde cresceu, a Vila Cruzeiro.
“Aqui sou respeitado de verdade. Aqui está a minha história. É por isso que eu volto sempre. Aqui sou respeitado de verdade. Aqui está a minha história. É por isso que eu volto sempre. Me chamam de Imperador. Imagina isso. cara que saiu lá da favela para ganhar o apelido de Imperador na Europa. Quem explica? Eu não entendi até hoje”, justificou o ex-atacante.
Aliás, em sua biografia, há um texto dedicado ao local onde passou a sua infância e amadureceu. O título é “Carta para a Vila Cruzeiro”.
“Você sabe o que é ser uma promessa? Eu sei. Inclusive uma promessa não cumprida. O maior desperdício do futebol: Eu. Gosto dessa palavra, desperdício. Não só por ser musical, mas porque me amarro em desperdiçar a vida. Estou bem assim, em desperdício frenético. Curto essa pecha”, mostrou sinceridade e desabafou Adriano.
Posteriormente, ele aproveitar para desmentir algumas mentiras.
“Nunca amarrei uma mulher a uma árvore, como dizem. Não uso drogas, como tentam provar. Não sou do crime, mas, claro, poderia ter sido”, acrescentou o ex-atleta.
O atacante teve ascensão meteórica no profissional do Flamengo e despertou o interesse da Internazionale, da Itália. Ele seguiu despontando na Europa e recebeu a alcunha de “Imperador”. No entanto, esclarece que até hoje ainda não compreende.
“Um cara que saiu lá da favela para ganhar o apelido de Imperador na Europa. Quem explica, cara? Eu não entendi até hoje”.
A biografia de Adriano Imperador começou a ser vendidas nas livrarias, na última segunda-feira (11). A produção tem como ponto central a origem humilde do promissor ex-atacante que foi atuar na Itália.