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·29 de novembro de 2021

Adriana se vê mais madura e comemora oportunidades na Seleção

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Prazer, Adriana! No último domingo (28), na goleada da Seleção Brasileira sobre a Venezuela por 4x1, a meia estreou no Torneio Internacional de Manaus já mostrando suas credenciais. Em boa jogada pela esquerda, deixou duas marcadoras para trás e encontrou Kerolin livre para marcar o terceiro da Canarinho. Contra a Austrália, em outubro, construiu jogada semelhante, superando duas adversárias e finalizando com categoria para estufar as redes. Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (29), a meia-atacante lembrou as lições da técnica Pia Sundhage e ressaltou a importância de participar da armação ofensiva também sem a bola.

“A Pia sempre me cobra para estar preparada para aproveitar as chances que tiver em campo. Fui feliz no lance, sei que haverá momentos em que não conseguirei participar diretamente dos gols, mas é como ela fala: não é só dando assistência com a bola que podemos ajudar, mas também nos movimentando para desafiar a linha defensiva. Fico muito feliz com essa confiança que ela tem passado para mim, me sinto muito à vontade jogando aqui e tento fazer o meu melhor dentro de campo, usando minha velocidade, que é minha principal característica, para ajudar a Seleção”, disse.


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Segundo jogo preparatório da Seleção Feminina Principal: Brasil x Austrália - 26/10/2021. Adriana. Créditos: Thais Magalhães/CBF

O bom momento com a Amarelinha vem após uma sequência de lesões antes de momentos decisivos. Em 2019, ficou nove meses fora dos gramados e foi cortada após se machucar na véspera da convocação para a Copa do Mundo. Em julho deste ano, antes da Olimpíada de Tóquio, uma nova lesão no joelho esquerdo tirou a meia de 25 anos da lista de convocadas.

“Acredito que evoluí muito desde a minha lesão. Foi um processo de amadurecimento para mim, em que aprendi muito e pude rever muitas coisas que antes não conseguia enxergar, além de me preparar melhor. Eu me preparo ano a ano, sei que estou sujeita a uma nova lesão porque é assim a vida de uma atleta, mas procuro estar sempre bem comigo mesma, que é o mais importante, para aproveitar as oportunidades que aparecem”, disse.

Adriana não foi acionada na goleada das Guerreiras do Brasil sobre Índia porque, assim como Tamires e Yasmim, recuperava-se fisicamente do desgaste na conquista do tricampeonato da Libertadores com o Corinthians. Pelo clube, foi dela o maior número de participações em gol na competição, com cinco assistências e dois gols.

“Fiquei muito feliz de fazer uma boa campanha na Libertadores, conquistar o tri e de estar pronta aqui para, se tiver a chance, poder, se Deus quiser, representar o Brasil em campeonatos tão importante como a Copa América, a Olimpíada e o Mundial”, projetou.

Segundo jogo preparatório da Seleção Feminina Principal: Brasil x Austrália - 26/10/2021. Adriana, Letícia e Érika. Créditos: Thais Magalhães/CBF

Seu primeiro gol na competição, de pênalti, foi o sexto da goleada por 8x0 sobre o Nacional-URU na semifinal. Logo após marcar, porém, foi vítima de racismo cometido por uma adversária. Adriana, porém, não se deixou abater e, na grande decisão contra o Santa Fé, a meia voltou a marcar, abrindo o placar de cabeça. Agora, ela espera que a justiça seja feita.

“Infelizmente, acabou acontecendo isso lá na Libertadores. Para mim, foi um momento bem complicado logo que recebi essa notícia. De início, eu não escutei ela falando, foram Andressinha e Vic que ouviram, então fiquei um pouco sentida ali no começo, sem saber como reagir porque eu nunca tinha passado por isso. Ela foi muito infeliz na fala dela, foi uma pessoa muito pobre de espírito e espero que ela tenha consciência do que disse. Agora, deixo para o Corinthians e a Conmebol, acho que muito em breve teremos uma audiência para resolver essa questão e espero que eles tomem as providências cabíveis para que isso nunca mais aconteça, e que a atleta seja punida da forma que deve ser em situações como essa”, afirmou.

Após superar tantos obstáculos, Adriana já está de olho nos próximos desafios da Canarinho. O primeiro deles é a decisão do Torneio de Manaus, contra o Chile de Christiane Endler, considerada uma das melhores goleiras do mundo. A meia analisou o desempenho do Brasil até aqui e projetou a final contra as chilenas.

“Endler é uma grande goleira. É sempre muito difícil enfrentá-la e nós, que jogamos no ataque, temos que caprichar ainda mais quando estivermos cara a cara com ela. Sabemos que será um jogo difícil e que não fizemos grandes jogos nas duas últimas partidas, mas estamos aqui para evoluir a cada dia e tenho certeza de que todo mundo vai estar preparado para esse jogo e para aproveitar as oportunidades que temos”, concluiu.

Brasil e Chile se enfrentam nesta quarta-feira (1), às 21h (horário de Brasília). A partida será transmitida pelo SporTV.

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