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·18 de maio de 2024

Adeus, Gigante: relembre estatísticas e momentos marcantes de Cássio pelo Corinthians

Imagem do artigo:Adeus, Gigante: relembre estatísticas e momentos marcantes de Cássio pelo Corinthians

Na última sexta-feira, chegou ao fim a era Cássio no Corinthians. Após mais de 12 anos defendendo o time alvinegro dentro de campo, o goleiro entrou em um acordo amigável e antecipou a recisão de seu contrato com clube. Assim, o jogador ficou com caminho livre para assinar por três anos com o Cruzeiro.

A trajetória de Cássio no Timão foi marcada por momentos gloriosos que renderam nove títulos e inúmeras histórias brilhantes na carreira do arqueiro. Ele ergueu as taças da Libertadores e Mundial (2012), Paulistão (2013, 2017, 2018 e 2019), Recopa Sul-Americana (2013) e do Campeonato Brasileiro (2015 e 2017).


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O camisa 12 encerra esta passagem pelo clube do Parque São Jorge com 712 jogos disputados. Desta maneira, o ídolo é o segundo atleta que mais vestiu as cores preta e branca do Corinthians nos gramados, só atrás de Wladimir (806). Foram 316 vitórias, 217 empates e 179 derrotas debaixo das traves alvinegras.

Com nove troféus levantados, Cássio é também o jogador que mais vezes conquistou títulos pelo Timão. O ex-goleiro Julio Cesar tem o mesmo número de taças, mas em quatro delas não entrou em campo.

Outro recorde do arqueiro pelo clube é o de pênaltis defendidos. Ele é o maior pegador de penalidades da história do Corinthians, com 32 defesas, cinco a mais que outro ídolo da posição, Ronaldo Giovanelli.

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Trajetória marcada por glórias

A passagem de Cássio pelo Corinthians começou tímida, mas terminou recheada de glórias. Contratado pelo time em 2011, mas apresentado em 2012, o arqueiro iniciou sua trajetória como o reserva de Julio Cesar.

O Gigante só veio a alcançar a titularidade depois do concorrente cometer erros na eliminação da equipe para a Ponte Preta, em derrota por 3 a 2, no Pacaembu, pelas quartas de final do Paulista, e perder a posição. Cássio, logo em sua estreia pela Libertadores, mostrou serviço ao assumir a condição de titular e segurou um empate sem gols na partida contra o Emelec, no Equador, pelas oitavas de final da competição.

Ganhando cada vez mais confiança, o goleiro viria a ser um dos grandes nomes do título inédito da América. O atleta fez uma defesa milagrosa no jogo de volta das quartas de final do torneio, diante do Vasco, que terminou com vitória corintiana por 1 a 0. O camisa 12, que até então era o 24, buscou, no cantinho, o chute de Diego Souza, que poderia ter mudado o rumo desta história.

Meses depois, Cássio voltou a brilhar, desta vez no Japão, na final do Mundial do Clubes contra o Chelsea. O goleiro voltou a operar milagres na decisão, vencida por 1 a 0 pelo Timão, com gol de Guerrero.

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Cássio foi o grande herói do título mundial do Corinthians em 2012 (Foto: Kazuhiro Nogi/AFP)

O Gigante viveu momentos um pouco mais conturbados no time do Parque São Jorge, como em 2016, quando teve a titularidade ameaçada por Walter. Naquele mesmo ano, o arqueiro quase deu adeus ao Corinthians e se transferiu para o futebol turco, mas acabou ficando.

As boas atuações de Cássio no clube paulista renderam a convocação para a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2018, na Rússia. Ele foi o terceiro goleiro do Brasil, que era dirigido por Tite e caiu nas quartas de final do torneio ao perder para a Bélgica.

O último título do atleta aconteceu faz tempo, em 2019: o Paulista daquele ano. Mesmo em meio às más campanhas do Corinthians nos últimos anos, Cássio conseguiu protagonizar momentos heroicos, como em 2022, quando pegou dois pênaltis diante do Boca Juniors, na Bombonera, e classificou o Timão de Vítor Pereira para as quartas de final da Libertadores.

Neste mesmo ano, o jogador foi reverenciado com uma linda – e rara – homenagem da torcida do Corinthians. Ele foi recebido em campo com um mosaico na vitória sobre o Botafogo, a primeira partida dele após tornar-se o goleiro com mais jogos pelo clube.

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Mosaico da torcida do Corinthians para Cássio (Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians)

Tempos antes de oficializar o adeus, Cássio já estava incomodado com algumas situações internas no Corinthians. O arqueiro não sentiu vontade real da atual diretoria para que ele ficasse e não se viu respaldado pela comissão técnica de António Oliveira. Após cometer algumas falhas e externar o seu desgaste mental, ele foi para o banco de reservas, viu Carlos Miguel assumir a titularidade e não voltou mais.

Na última terça-feira, Cássio foi ovacionado antes e depois do jogo contra o Argentinos Juniors, pela Sul-Americana, quando a notícia já havia se espalhado entre os torcedores. Ele também recebeu abraços de companheiros do elenco durante a partida e viu outros jogadores o elogiarem e pedirem sua permanência.

Mais tarde, o camisa 12 passou pela zona mista do estádio e foi direto ao ônibus que carrega a delegação alvinegra. O jogador foi chamado por jornalistas e, de longe, mandou um recado: “Na hora certa vou falar”.

Cássio irá falar neste sábado, quando concederá sua última entrevista coletiva como jogador do Corinthians, a partir das 12h (de Brasília), no CT Dr. Joaquim Grava. O Timão já vinha estudando possíveis homenagens de despedida ao ídolo. Na segunda-feira, ele é aguardado em Belo Horizonte para fechar com o Cruzeiro e encerrar, de vez, o capítulo mais lindo de sua carreira.

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